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Joao-Barone-1942

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ases de dirigíveis da Marinha americana foram montadas no Recife e no Rio de<br />

Janeiro. Em um curto intervalo, os submarinos do Eixo, passariam de caçadores a<br />

caça.<br />

Ameaça alemã<br />

Principal causa da entrada do país na Segunda Guerra Mundial, os treze ataques<br />

a navios mercantes nacionais, entre fevereiro e julho de <strong>1942</strong>, provocaram 742<br />

mortes. O ditador Getúlio Vargas — que não esperava receber um golpe tão duro<br />

dos países do Eixo — tinha em mãos seu maior álibi para fechar definitivamente sua<br />

aliança com o presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt. Getúlio esperou<br />

demais para reagir aos fatos, já que 21 navios brasileiros tinham sido afundados até<br />

o dia 22 de agosto, data da declaração de guerra ao Eixo.<br />

Em janeiro de <strong>1942</strong>, a Marinha alemã começou suas ações no Atlântico Sul,<br />

afundando navios em rota para os Estados Unidos e os cargueiros Bagé e Taubaté,<br />

de bandeira brasileira, que navegavam em águas norte-americanas.<br />

Os submarinos alemães atacavam quaisquer navios que estivessem armados no<br />

Atlântico, com exceção dos da Argentina e do Chile, países que ainda não tinham<br />

rompido relações com o Eixo. Eles eram reabastecidos nas ilhas do Caribe, até<br />

mesmo nos postos de suprimentos em território argentino e chileno.<br />

Antes da entrada do Brasil na guerra, mesmo carente de recursos, a Marinha já<br />

desenvolvia planos de defesa contra os submarinos do Eixo, com o objetivo de<br />

proteger o litoral e os portos do Brasil, principalmente os situados ao longo do<br />

Saliente Nordestino — região estratégica à época, a qual compreende os estados de<br />

Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.<br />

Embora desde dezembro de 1941 já houvesse rulhas americanas lançadas de<br />

bases no Brasil, inicialmente a vigilância dessa área foi realizada simbolicamente por<br />

três navios de guerra baseados no Recife. Em janeiro de <strong>1942</strong>, chegava a Divisão de<br />

Cruzadores, composta por seis navios. Com a declaração de guerra, a proteção da<br />

navegação marítima no litoral do Brasil (em especial do Saliente Nordestino), passou<br />

a ser feita pela Força do Atlântico Sul, dos Estados Unidos, mais tarde denominada<br />

4 a Esquadra americana, com base no Recife.<br />

Ao longo de <strong>1942</strong>, nenhum submarino alemão ou italiano foi destruído no litoral

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