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Joao-Barone-1942

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isso aconteceria antes do inverno. Mas a maré mudou radicalmente quando a<br />

ofensiva italiana foi retida e o VI Corpo de Exército americano, com suas três<br />

divisões de infantaria, juntamente com as sete divisões do Corpo Expedicionário<br />

francês, foi retirado dessa frente de combate e enviado para a invasão do sul da<br />

França.<br />

A FEB seria, assim, integrada ao IV Corpo de Exército, comandado pelo general<br />

Willis Crittenberger, que respondia ao general Mark Clark, comandante do V<br />

Exército americano. O general Clark se tornaria um grande apoiador da FEB,<br />

tornando-se responsável pela entrada da força brasileira em combate, depois de<br />

completados os treinamentos complementares e de que o efetivo fosse provido de<br />

todo o material necessário.<br />

Desarmando as “armadilhas de bobo”<br />

O 9 o Batalhão de Engenharia era comandado pelo tenente-coronel José Machado<br />

Lopes. As ações dessa unidade, com 655 homens, foram importantíssimas nos<br />

planejamentos e realizações da FEB. Embora cada unidade de infantaria fosse dotada<br />

de especialistas em minas, eram os sapadores do 9 o Batalhão (especialistas em<br />

localizar e desativar as temíveis minas terrestres plantadas pelos alemães) que<br />

limpavam o terreno com detectores de minas, bastões ou baionetas, possibilitando o<br />

avanço das rulhas. Muitas vezes os sapadores eram chamados para salvar algum<br />

pelotão que se encontrava preso num campo minado, uma das ocorrências mais<br />

assustadoras e frequentes na rotina da FEB.<br />

Muitos pracinhas foram mutilados ou morreram por conta dessas armas que<br />

espalhavam o terror, especialmente as que eram feitas com materiais não metálicos,<br />

como madeira, vidro e concreto, mais difíceis de se detectar. Uma pequena mina<br />

antipessoal, no formato de uma caixa de madeira, recebeu dos pracinhas o singelo<br />

apelido de “quebra-canela”, uma vez que era a maior causadora de mutilações nos<br />

terços inferiores das pernas daqueles que tivessem o infortúnio de pisá-la.<br />

Se já não bastasse a ameaça constante dos campos minados, os especialistas do<br />

9 o Batalhão ainda se encarregavam de desativar as traiçoeiras armadilhas explosivas<br />

deixadas em campo pelos alemães, as famosas “booby traps” (armadilhas para<br />

bobo). Esses aparatos eram cargas explosivas presas por um fio ou dispositivo de

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