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Joao-Barone-1942

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Atlântico Norte e no Pacífico —, a maior evidência era a de que os próprios americanos seriam os<br />

maiores prejudicados, uma vez que, a partir de 1941, o Brasil intensificou o fornecimento de<br />

importantes matérias-primas aos Estados Unidos, através do único canal existente: a via marítima.<br />

As estatísticas assustadoras das tonelagens dos afundamentos Aliados passaram<br />

a pesar contra os submarinos alemães. De 1943 até os momentos finais da guerra,<br />

cada saída de um submarino alemão significava uma sentença de morte para seus<br />

tripulantes: dos 842 submarinos lançados pelos alemães, 779 foram afundados. Mais<br />

de 28 mil marinheiros e oficiais foram mortos em combate; cerca de 80% do efetivo,<br />

incluindo um dos dois filhos do almirante Karl Dönitz, ambos da Marinha, foram<br />

mortos em ação.<br />

Além da decifração das mensagens criptografadas utilizadas pela Marinha alemã,<br />

os novos radares centimétricos instalados em navios e aviões de rulha marcavam<br />

precisamente as posições dos submarinos do Eixo. Embora os alemães modificassem<br />

constantemente sua tática, a estratégia de localização e ataque aos submarinos pelos<br />

Aliados chegou a um nível de precisão que não lhes permitia escapar, uma vez<br />

localizados. Mesmo assim, o front do Atlântico permaneceu como o de maior<br />

duração da Segunda Guerra. Os americanos deram mostra de sua capacidade militar<br />

ao disponibilizarem um efetivo considerável de homens e máquinas para proteger a<br />

navegação no Atlântico Sul, que continuou até o fim da guerra.<br />

Combatendo o inimigo<br />

Em julho de 1943, quase um ano depois da declaração de guerra brasileira, um<br />

avião PBY-5 Catalina afundou o submarino alemão U-199, no litoral do Rio de<br />

Janeiro. Essa ação teve um sabor especial: tratava-se da primeira tripulação<br />

totalmente brasileira de uma aeronave de rulhamento antissubmarino a afundar uma<br />

embarcação inimiga. Quem pilotava o Catalina era o ainda aspirante a aviador<br />

Alberto Martins Torres, que seria um dos poucos aviadores brasileiros a participar<br />

do rulhamento da costa e depois a integrar o 1 o Grupo de Aviação de Caça da FAB.<br />

Dias antes, a artilharia antiaérea do U-199 havia abatido um avião Martin PBM-3<br />

Mariner, do Esquadrão VP-74, demonstrando quanto cada U-Boot podia ser

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