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Joao-Barone-1942

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11. SENTA A PUA!<br />

O 1 o Grupo de Aviação de Caça foi criado pelo decreto presidencial n o 6.123 em<br />

18 de dezembro de 1943, e o tenente-coronel Nero Moura, piloto pessoal e homem<br />

de confiança de Vargas, foi designado como seu comandante. A formação do grupo<br />

foi totalmente preenchida por voluntários, e, em janeiro de 1944, os 32 pilotos<br />

escolhidos embarcavam para a Escola de Táticas Aéreas, em Orlando, nos Estados<br />

Unidos, enquanto o pessoal de terra — composto pelas equipes de mecânicos e<br />

especialistas em armas — embarcava para a base de Halbrook Field, no Panamá. Ao<br />

terminar o curso, os pilotos também seguiram para o Panamá, onde passaram a<br />

operar os caças Curtiss P-40C, recebendo instrução tática como unidade completa.<br />

Durante os treinos, surgiu o emblemático grito de guerra que passou a<br />

simbolizar essa unidade da Aeronáutica brasileira: “Senta a Pua!”, uma gíria da<br />

época que significava “mete bala”. No dia 11 de maio de 1943, o 1 o Grupo de Caça<br />

passou a operar como unidade independente no sistema de defesa do canal do<br />

Panamá, e realizou um total de cem saídas operacionais. Iniciadas as missões, no dia<br />

18 do mesmo mês, o grupo teve sua primeira baixa, o segundo-tenente Dante<br />

Gastaldoni, que morreu em um acidente durante o rulhamento.<br />

Com a presença do ministro da Aeronáutica, Salgado Filho, no dia 20 de junho,<br />

o grupo recebeu os certificados americanos de conclusão e seis dias depois<br />

embarcou para Nova York, chegando no dia 4 de julho, Dia da Independência norteamericana.<br />

Foram encaminhados à base aérea de Suffolk, perto de Nova York, para<br />

três meses de treinamento nos aviões que seriam usados pelo grupo em combate, os<br />

lendários Republic P-47D Thunderbolts.<br />

Na ocasião, os integrantes do grupo se depararam com um desafio que já<br />

demonstrava a capacidade de improviso típica dos brasileiros. Na cerimônia de<br />

formatura e desfile de boas-vindas, a tropa americana cantou o hino de sua Força<br />

Aérea. Momentos antes do desfile brasileiro, como ainda não havia um hino da<br />

recém-criada Força Aérea, o chefe do destacamento, capitão Marcílio Gibson,<br />

ordenou que a tropa cantasse “A jardineira”, antigo sucesso de carnaval, cuja letra<br />

era conhecida por todos na voz de Orlando Silva. Assim, a velha marchinha

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