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Joao-Barone-1942

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das tropas inimigas, efetuadas depois de patrulhas avançadas e voos recentes da<br />

ELO. Mesmo depois da queda desse grande obstáculo, os pracinhas brasileiros ainda<br />

veriam muita ação antes de a guerra terminar.<br />

Uma mancada americana<br />

Durante a progressão do ataque vitorioso sobre o Monte Castello, houve um<br />

episódio dramático. O 1 o Batalhão do Sampaio, comandado pelo major Uzeda, foi<br />

acidentalmente atacado por uma unidade do 85 o Regimento da 10 a Divisão de<br />

Montanha, que cruzava a linha da FEB em direção ao Monte della Torraccia.<br />

Os brasileiros estavam sob ataque alemão pela dianteira quando de repente foram<br />

alvejados pela retaguarda por fogo de armas e uma granada. Eram os americanos,<br />

que haviam confundido os pracinhas com tropas alemãs. O resultado foi trágico: o<br />

primeiro-tenente, Godofredo Leite, e seu ordenança foram mortos e o capitão Yedo<br />

Jacob Blanth perdeu uma perna com a explosão da granada.<br />

O chamado “fogo amigo” sempre esteve presente na rotina das batalhas ao longo<br />

das guerras. Mesmo recentemente, em conflitos modernos como a Guerra da Coreia,<br />

do Vietnã, do Iraque e do Afeganistão, muitos incidentes como esse aconteceram. O<br />

major Uzeda, que acompanhava seus homens em combate, inconformado com<br />

aquela situação, precisou ser contido pelo general Mascarenhas de revidar o fogo<br />

dos americanos. Depois da confusão, quando os americanos se deram conta do<br />

ocorrido, o oficial brasileiro levou o equivocado capitão americano para ver os<br />

homens que havia matado por engano. O avanço brasileiro foi detido até que o<br />

regimento da 10 a de Montanha saísse do perímetro, o que propiciou a retirada de<br />

vários alemães para posições mais elevadas nas linhas de defesa do Monte Castello.<br />

Fora esse episódio traumático, os componentes da 10 a de Montanha demonstravam<br />

muito respeito e atenção aos pracinhas da FEB, os “smoking cobras”. Foi com eles<br />

que os americanos aprenderam a realizar patrulhas durante o inverno, recémchegados,<br />

tomando noção da guerra com os que lá já estavam. Na retaguarda,<br />

sempre que encontravam um pracinha, os integrantes da 10 a faziam uma verdadeira<br />

festa.

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