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Joao-Barone-1942

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vontade para realizar o Golpe de 1937, estendendo seu período no poder e implantando a ditadura do<br />

Estado Novo. Uma das justificativas era a repressão dos movimentos de esquerda que funcionavam no<br />

Brasil com apoio direto de Moscou, como foi o caso da Internacional Comunista, organização<br />

comandada por Luis Carlos Prestes que pretendia demover Vargas do poder. Ao instaurar o Estado<br />

Novo, nome inspirado na ditadura de Salazar, em Portugal, o estado de guerra — que já vigorava desde<br />

1930 — continuou vigente no país.<br />

O projeto de Hitler<br />

Do outro lado do Atlântico, a virada da década de 1930 mostrava ao mundo a<br />

nova Alemanha, idealizada pelo regime nazista de Adolf Hitler: uma superpotência<br />

regida por uma “raça superior” e conseguindo o necessário “espaço vital”, pleiteado<br />

pelos alemães e negado durante tanto tempo pelas nações da Europa. Aos que ainda<br />

hoje acham que as intenções reais de Hitler para a Alemanha podem ter sido<br />

manipuladas e distorcidas para justificar a guerra, basta saber que desde os primeiros<br />

exemplares do Mein Kampf — sua cartilha do nazismo em dois volumes, lançada em<br />

julho de 1925 — já estavam explícitas as evidências da supremacia ariana e do<br />

antissemitismo e escravização das raças inferiores, tão necessárias para a formação<br />

do III Reich.<br />

Campanhas da mentira<br />

Uma das maiores armas das ditaduras é a mentira, usada como artifício para justificar as ações<br />

violentas do Estado. Em muitos momentos, os nazistas usaram falácias e ardis para desencadear<br />

medidas que causassem espanto e aumentassem os poderes do governo, como o incêndio premeditado<br />

do Reichstag — o prédio do Parlamento alemão —, cuja culpa foi jogada sobre os judeus, comunistas<br />

e opositores de Hitler. Ou quando o Führer anunciava em seus discursos que não queria saber da<br />

Tchecoslováquia, para dali a pouco ocupá-la militarmente. Até a invasão da Polônia foi baseada na<br />

mentira de que tropas polonesas invadiram o território alemão.<br />

No Brasil, um artifício criado para justificar o golpe getulista de 1937 foi a descoberta de um suposto<br />

documento secreto elaborado pelos comunistas para a tomada do poder, que recebeu o nome de Plano<br />

Cohen. Na verdade, o tal documento foi forjado, arquitetado por integrantes do próprio governo,<br />

apenas para justificar o golpe de Estado e assim oficializar a ditadura no país. Redigido pelo capitão

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