20.01.2015 Views

Joao-Barone-1942

Joao-Barone-1942

Joao-Barone-1942

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

disparo a um chamariz qualquer, uma pistola, um capacete, um binóculo ou<br />

qualquer outro objeto que atraísse a atenção dos incautos, que detonavam o<br />

explosivo ao tocá-lo.<br />

Muitas vezes as armadilhas eram colocadas nas casas semidestruídas, nos vãos<br />

das portas, em armários, gavetas, torneiras e até dentro de um piano, esperando pela<br />

visita dos incautos que buscavam algum valor ou uma simples lembrança de guerra.<br />

Num ato de extrema crueldade, os alemães chegaram a plantar explosivos nos<br />

corpos insepultos de soldados Aliados — inclusive em muitos brasileiros —, que<br />

acabavam por matar seus próprios companheiros. Dependendo da carga explosiva, a<br />

vítima perdia a mão, os olhos, ou morria em decorrência da explosão.<br />

Os sapadores do 9 o Batalhão delimitavam as áreas onde se podia pisar em<br />

segurança, marcando o terreno onde ainda se encontravam minas com bandeirolas e<br />

fitas brancas presas a pequenas estacas, que literalmente separavam o espaço entre a<br />

vida e a morte.<br />

O armamento do pracinha<br />

A arma padrão do soldado brasileiro na Itália era o fuzil Spring​field (primeiro fuzil fabricado em<br />

massa pelos americanos, ainda em 1795), usado na Primeira Guerra e provido de um ferrolho para<br />

engatilhar cada tiro. Apesar de obsoleto, se comparado ao fuzil automático Garand, era uma arma<br />

confiável, a preferida dos atiradores de precisão (snipers). O Garand tinha uma vazão de tiro melhor, e<br />

sua enorme demanda era voltada para as tropas em ação na Frente Oeste, depois do desembarque na<br />

Normandia, assim como para os fuzileiros navais que operavam no Pacífico. O pracinha recebeu mais<br />

Springfields do que Garands, mas o primeiro era mais fácil de manusear devido a sua semelhança com<br />

os fuzis de ferrolho alemães usados no Exército brasileiro.<br />

Outras armas empregadas pela FEB foram as submetralhadoras Thompson e a pequena M3, apelidada<br />

de “engraxadeira” (grease gun), ambas de calibre .45. Havia também armas de calibre .30, como a<br />

carabina leve M1930 e o pesado fuzil automático Browning 1918, que oferecia grande poder de fogo<br />

ao grupo de combate. Os pelotões de petrechos leves operavam os morteiros de sessenta milímetros e<br />

as metralhadoras de calibre .30. Os pelotões de petrechos pesados eram encarregados de usar os<br />

morteiros maiores de 81 milímetros, além das metralhadoras pesadas de calibre .50.<br />

Outra atividade empreendida pelo 9 o Batalhão era a construção das pontes

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!