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<strong>Caminhos</strong><br />
– Obrigado por tudo mesmo, pela sua amizade sincera, por toda ajuda e todo o apoio, que sempre me<br />
deu dentro e fora da empresa, e principalmente pelos poucos momentos que estivemos juntos!<br />
Ao dizer estas últimas palavras, ela o abraçou e lhe deu um beijo no rosto, se<br />
despedindo melancolicamente, do grande amigo e companheiro de trabalho, e nem é preciso descrever,<br />
que ambos tinham lágrimas em seus olhos, havia sem dúvidas no ar muito amor e emoção, um sentimento<br />
muito especial entre os dois, e assim mudavam-se os cursos de seus caminhos, e uma nova página na<br />
história de cada um, começava a ser escrita.<br />
A noite já surgia no horizonte, Duarte se preparava para fechar o antiquário, quando um homem<br />
devidamente credenciado como policial federal, bateu em sua porta e começou a fazer perguntas, ele<br />
pretendia investigar a fundo pai e filha, sobre os envolvimentos deles com os dois empresários,<br />
principalmente sobre a última visita relatada, ao qual Marina havia feito a trabalho na mansão, dias antes<br />
do fatídico atentado.<br />
Eles haviam sido pegos de surpresa, e ambos demonstraram estremo nervosismo, durante todo o<br />
inesperado interrogatório, o fato deles terem agidos com interesses secundários, os deixaram totalmente<br />
inseguros, e apesar do policial ter ficado com uma certa suspeita, ficaram convencidos de que nenhum<br />
fato, indicava o envolvimento deles ao acontecido, e logo após o federal se retirar do local, eles iniciaram<br />
uma séria conversa.<br />
– Pai a polícia suspeita da gente, e agora o que faremos para nos defender?<br />
– Por enquanto nada, além disso falamos somente o que ele precisava ouvir, que nosso interesse era<br />
apenas nas obras de arte, e que não havia outro tipo de relacionamento conosco.<br />
– Acho que tem razão, mas porque essa suspeita caiu sobre nós, será que houve algum tipo de<br />
denúncia?<br />
– Pelo que me consta além de nós, somente os dois empresários que morreram, sabiam da nossa<br />
procura pela marca.<br />
– Não é bem assim, tinha também a namorada do Nathan, ela me pareceu ter ficado bem desconfiada,<br />
na única vez em que nos encontramos, provavelmente ele deve ter contado tudo a ela, e por sua vez<br />
comentado com a polícia, neste caso eles podem estar pensando que somos suspeitos, e que<br />
tínhamos outros tipos de interesses.<br />
– Pode até ser verdade, mas provavelmente eles devem levar em conta, que a morte deles também nos<br />
prejudicou, mas mesmo assim vou me precaver, ligarei agora para o nosso advogado, e o colocarei a par<br />
de todo o assunto.<br />
Ela concordou com a medida anunciada pelo pai, e marcaram para o dia seguinte uma reunião, para<br />
tratarem dos argumentos para as suas defesas, juntamente com o magistrado de direito mencionado, mas<br />
o que ela ainda não sabia, é que havia outra pessoa envolvida nesta história, ao qual seu pai sempre<br />
mantinha secretamente, conversas e muitas trocas de informações, e este sim, poderia estar envolvido<br />
diretamente ao atentado.<br />
Conforme ordens dadas por Arthur, os seguranças da mansão entregaram um envelope a Raul, quando<br />
este rondava novamente por ali, acostumados a esta rotina diária, eles tinham uma orientação para não<br />
interferirem, e através de uma carta escrita pelo advogado, ele foi comunicado sobre a decisão de ajudalo,<br />
e se aceitasse todas as condições impostas, receberia toda a defesa que seria necessária, relacionada<br />
ao assassinato do zelador Nicolas, e receberia também a permissão para se hospedar, juntamente a sua<br />
mulher e filho.<br />
Conforme a descrição da carta e o horário combinado, ele compareceu pontualmente a mansão, sendo<br />
que desta vez, entrava pela porta da frente como convidado, e ao pisar na imensa sala de estar, viu que