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<strong>Caminhos</strong><br />
• Capítulo 57 •<br />
Na favela em São Paulo, o final da tarde também havia chegado, e as crianças da Ong começaram a<br />
serem dispensadas, e Otto que já sabia da ida de Gabriel, ficou observando todo o movimento do lado de<br />
fora, e sem que ninguém por ali percebesse, seguiu o carro até o seu destino final, que era o hotel em que<br />
estava hospedado, e ficou de olho até ver que Iris e Elvira, saíram para fora e pegaram o garoto, isto podia<br />
significar muita coisa, como por exemplo, a mansão completamente vazia.<br />
Sem perder tempo foi até a propriedade, e ficou por algumas horas observando todo o local, e tendo a<br />
certeza de que precisava, de que havia poucos seguranças na propriedade, começou a bolar seu plano de<br />
roubar todas as joias, dinheiro, e objetos de valor, ao qual pretendia lucrar e tirar grande proveito, mas ele<br />
ainda não sabia sobre terem encontrado Letícia.<br />
Quando retornou à comunidade, sua primeira providência foi enviar um recado, para que Militão e<br />
Situação, o encontrasse no esconderijo no dia seguinte, para tratarem de assuntos de seus interesses, e<br />
logicamente para pedir explicações sobre a caderneta, que o acabou incriminando no assassinato.<br />
De volta a casa de praia, os três hóspedes iniciavam o jantar daquela noite, já que o lugar dispunha de<br />
caseiros e uma cozinheira, que cuidavam muito bem da propriedade a beira mar, contudo, havia ainda um<br />
clima temeroso no ar, ambos sabiam que não era uma hospedagem de férias, e sim um tipo de retiro para<br />
resguardo, para protegerem suas próprias vidas, e após o término da deliciosa refeição, Murilo levou<br />
Marina até a varanda, e lá sentados iniciaram uma séria conversa.<br />
– Eu entendo tudo o que você e seu pai estão passando, mas ainda há alguma coisa além disso, pois dá<br />
para perceber na troca de olhares entre vocês, todas as vezes que se aproximam um do outro, quer<br />
conversar sobre isso?<br />
– Eu achei mesmo que perceberia, é que eu e ele ainda não conversamos, sobre toda esta enrascada<br />
que nos metemos, e também há algo importante sobre um trabalho, que eu vou tentar continuar por aqui.<br />
– Este trabalho tem a ver com aquela caixa dourada que trouxe?<br />
– Sim, aquela peça pertence ao Nathan, e estou trabalhando em um tipo de chave, para que ele possa<br />
ter acesso ao que tem dentro dela, mas é algo muito complexo, e creio que talvez não compreendesse,<br />
por se tratar de algo quase que inimaginável, e também não queremos o envolver nestas coisas, é muito<br />
complicado!<br />
– Bom, sendo assim, pode ter a certeza de que não vou me intrometer mais, se caso um dia precisarem,<br />
ou até mesmo acreditarem, que eu possa ajudar ou contribui de alguma forma, certamente poderão contar<br />
com minha discrição e lealdade.<br />
– Tenho certeza que sim, agora vamos mudar de assunto, vamos curtir a noite que está maravilhosa, me<br />
oferece uma bebida?<br />
– Certamente, vou lá dentro pegar e já volto!<br />
Claramente a colecionadora desviou da conversa, mas em contrapartida, tinha mesmo a intenção de<br />
falar sobre outros assuntos, mais precisamente, sobre coisas pessoais e de sentimentos, onde ambos<br />
haviam sofrido desilusões amorosas, e quem sabe poderia pintar neste final de semana, um novo início de<br />
relacionamento.<br />
Dentro do avião rumo aos Estados Unidos, Nathan e Arthur conversavam sobre todos os últimos<br />
acontecimentos, principalmente sobre o desaparecimento de Caio, e a recente hospitalização de Letícia,<br />
ao qual era o motivo desta longa e cansativa viagem, que tinha a previsão de chegada às sete horas da<br />
manhã.<br />
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