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<strong>Caminhos</strong><br />
• Capítulo 19 •<br />
Após acionar a bomba, o próprio homem que fez a detonação, teve a frieza de sai da caminhonete em<br />
que se encontrava, e ir até perto dos destroços em chamas, para averiguar se não havia a possibilidade<br />
de sobreviventes, e em meio a todo aquele caos, gritos e pânico dos que haviam presenciado a explosão,<br />
ele levava consigo um leve sorriso de satisfação, de um dever meramente cumprido, e retornando para o<br />
veículo, ligou para Vasques, um dos mandantes do crime.<br />
– Serviço executado e limpo, sem sobreviventes.<br />
– Maravilha, vou transferir o restante combinado para sua conta, muito bom trabalho!<br />
– Ok, assim que pegar a minha grana eu vou embora da cidade, vou sumir do mapa por uns tempos.<br />
– Preste muita atenção, não deixe pista alguma, se precisar novamente de seus serviços, eu entro em<br />
contato, até breve.<br />
– Até, precisando é só me chamar.<br />
Vasques ligou imediatamente para o cabeça da operação, e o comunicou sobre a confirmação do<br />
atentado, e que agora o caminho estava livre para a conclusão da operação, efetuando a retirada do<br />
dinheiro e títulos ao portador, uma imensa fortuna que acreditavam estar em bancos suíços, segundo<br />
informações que haviam sido repassadas a quadrilha.<br />
O incidente tomou grandes proporções, no total foram atingidos três veículos, uma loja, e uma<br />
lanchonete, resultando em cinco mortes e onze feridos, imediatamente toda a mídia se deslocou para o<br />
local, havia muitos repórteres e fotógrafos, e uma das emissoras presentes ao incidente, começou a<br />
transmitir a notícia ao vivo, chegando assim rapidamente a toda população, e logicamente também a Ong,<br />
onde as crianças assistiam desenhos.<br />
Gabriel que estava presente na sala, a princípio não deu muita atenção ao fato, porém quando ouviu a<br />
repórter dizer, que um dos carros mais atingidos pela bomba, pertencia ao Grupo Etros, imediatamente<br />
correu até a sala das professoras, o menino já estava chorando, quando correu para os braços de Letícia:<br />
– O que houve Gabriel, por que está chorando deste jeito?<br />
– É por causa deles, estão falando lá na televisão, que o carro que o Nathan e o Caio estavam explodiu,<br />
e que foi totalmente destruído!<br />
As suas pernas bambearam na hora, e ela teve de ser amparada por Dulce, que havia presenciado toda<br />
a conversa, e ficado chocada com esta notícia, sendo que demorou um certo tempo, para que Letícia<br />
voltasse a realidade, pois havia ficado totalmente atordoada, não acreditando nos fatos que aconteciam.<br />
Aos prantos ela mal conseguia falar, nem sequer tinha forças para se levantar, para perguntar o que<br />
realmente havia acontecido, pediu para Dulce ir até a sala de brinquedos, onde a televisão estava ligada, e<br />
ali ficou assistindo a toda a reportagem, vendo que o local do incidente acontecido, havia ficado parecido a<br />
um cenário de guerra, e certamente horrorizada, voltou para consolar a amiga e companheira da<br />
instituição.<br />
Inconformada, Letícia pediu para que Dulce a levasse até o hospital, onde as vítimas haviam sido<br />
encaminhadas, ambas estavam pálidas e angustiadas, não acreditavam que isso tudo fosse real, e desde<br />
o momento em que souberam do acontecido, a namorada de Nathan havia perdido o seu chão, e<br />
permaneceu em silêncio total durante todo o trajeto.<br />
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