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<strong>Caminhos</strong><br />
Lógico que depois de duas bebidas, ele se soltou um pouco mais, e até arriscou a colocar também as<br />
cédulas, mas em vez de olhar para as partes intimas da garota, ele foi justamente olhar dentro de seus<br />
olhos, e por se tratar de um rapaz muito carente, que não tinha muita sorte com mulheres, acabou ficando<br />
muito impressionado, com o seu jeito sedutor, e a sua beleza estonteante.<br />
Através de conversas ao seu redor, ele descobriu que após cada show, as moças circulavam pelas<br />
mesas da boate, e que era possível contata-las para um programa, e assim que a moça terminou a sua<br />
apresentação, ele ficou próximo a saída dos camarins, e já parcialmente entorpecido, pelas várias doses<br />
de álcool, se apresentou a moça:<br />
– Oi como vai, meu nome é Carlos Renato, e também sou brasileiro, posso lhe oferecer uma bebida?<br />
– Olha, eu sei muito bem o que quer de mim, mas hoje estou indo embora mais cedo, porque a minha<br />
semana foi puxada, estou completamente exausta, e sem condições de atender hoje.<br />
– Neste caso tome a bebida comigo, vai lhe ajudar a dar uma relaxada, e depois pode ir embora para a<br />
sua casa.<br />
– Tudo bem, mas hoje é só a bebida mesmo, nada de passadas de mãos e agarrões, ok?<br />
– Ok, qual é sua bebida favorita?<br />
– Pode ser um gim tônica com gelo!<br />
Ele estava totalmente empolgado, por ter uma companhia feminina ao seu lado, e mesmo sabendo que<br />
o encontro não iria adiante, ficou satisfeito em ver que todos os olhares masculinos, estavam voltados para<br />
aquele canto do bar, porque a garota era mesmo de tirar o fôlego, mas assim que terminou o seu drinque,<br />
se despediu com um beijo no rosto, deixando-lhe um cartão com o seu telefone, caso quisesse um<br />
encontro, em uma outra ocasião, após isso ele pagou a conta, e retornou para o hotel.<br />
Na mansão todos estavam muitos apreensivos, pelo sumiço repentino de Nathan, porque quando se<br />
levantaram para o café, perceberam que não havia dormido na propriedade, e imediatamente acionaram o<br />
seu advogado, lhe comunicando a preocupação de todos por ali, por ele nem atender as ligações que<br />
realizaram, e Arthur se prontificou a ajudar na sua procura.<br />
Por volta do meio-dia, novamente do lado de fora do portão, começou a se juntar jornalistas e curiosos,<br />
todos também em busca de notícias do empresário, e seria mais uma tarde complicada, porque haviam<br />
chegado os familiares de Moreira, como também os pais de Letícia, que estavam acompanhados com um<br />
delegado, dois investigadores, e seus advogados, aguardando apenas a chegada das professoras da Ong,<br />
para tomarem as medidas que julgavam necessárias.<br />
Cerca de meia hora depois, Dulce e Amanda chegaram ao local, e com as expressões faciais muito<br />
carregadas, elas se entenderam com os demais reclamantes, e exigiram a entrada na propriedade, e para<br />
tal feito, o delegado apresentou aos seguranças, um mandato assinado por um juiz de plantão, e sem têlos<br />
como impedir, imediatamente um deles procurou por Iris.<br />
– Senhora Iris, tem um delegado no portão, juntamente com algumas pessoas, exigindo entrar na<br />
propriedade, e desta vez não tem como impedi-los, porque tem um documento autorizando a entrada!<br />
– Não sei o que fazer, porque o Raul saiu para levar a Alba no centro, e o Arthur está para chegar, faça<br />
o seguinte, leve todos eles até a biblioteca, vou pedir para que Elvira sirva um suco, assim ganhamos mais<br />
um tempinho.<br />
– Sim senhora, vou fazer como me ordenou!<br />
Utilizando de muita experiência, o segurança fez o percurso com aquelas pessoas, pelo outro portão da