Livro Caminhos

Caminhos
Assim que chegou no hangar, já procurou por todas as informações, acertando todos os detalhes da
viagem, com o comandante da aeronave, e também com os comissários de bordo, que por sinal já o
conheciam muito bem, de viagens anteriores do rico empresário, e resolvendo todos os procedimentos
legais da viagem, por volta do meio dia, eles receberam permissão para a decolagem, e partiram rumo a
Paris.
Devido ao longo percurso entre Brasil e França, a aeronave teve que fazer escalas, isso para o
reabastecimento, e o descanso devido a tripulação, e ao final de quase dezenove horas, entre voo e
paradas obrigatórias, ele chegava na cidade luz, a bela e estonteante Paris.
Nathan queria fazer surpresa, por esse motivo só avisou Letícia de sua chegada, após colocar os pés
em solo Francês, ela havia viajado dias antes, para poder se encontrar com a família, que ali mantinha
uma casa de férias, e nem é preciso comentar, que a moça ficou muito feliz e emocionado, com esta
surpresa do namorado, e tratou logo de se arrumar, combinando um local para se encontrarem, que se
tratava de um belo jardim, nas proximidades da torre Eiffel, um lugar conhecido e muito romântico.
Já havia amanhecido, e assim que sua bagagem foi liberada, pela rigorosa alfandega do aeroporto,
ele pegou um táxi e se surpreendeu, quando o motorista lhe perguntou em francês:
– Bon monsieur de la journée, vous voulez aller? (Bom dia senhor, para onde deseja ir?)
O empresário respondeu normalmente, informando o trajeto desejado, isso era uma ótima notícia, será
que alguma parte de sua memória havia voltado?
Depois de algum tempo, ele havia chegado no local combinado, e de dentro do carro, já avistou a
espetacular e majestosa torre, que irradiava os primeiros raios solares do dia, ele pagou o taxista,
agradeceu cordialmente, e foi caminhando na direção de Letícia, que já o aguardava ansiosa.
Ela correu para os seus braços, e o beijou apaixonadamente, debaixo de uma pequena neve, que caia
naquele exato momento, e após o longo beijo, ela pegou em sua mão, e sorrindo o convidou para
caminhar.
– Nem acredito que você está aqui, fez tudo isso sozinho?
– Por incrível que pareça sim, eu precisava muito te ver, estava sentindo dentro de mim, uma enorme
vontade enorme de ficar contigo, quando eu vi, já estava dentro do táxi e até falando em francês! (Risos)
– Sério, se lembrou daqui e dos lugares, sua memória voltou?
– Infelizmente ainda não, me parece que algumas coisas, acontecem meio que no automático, o médico
disse que seria assim mesmo, e que aos poucos, e bem naturalmente, irei me recuperar.
– Que bom, você deve estar com fome, eu estou faminta! Mas antes de irmos tomar um café, quero te
levar a um lugar!
Letícia o levou até uma parte do jardim, que ficava bem em frente a torre, e com olhares e gestos
apaixonados, permaneceram ali conversando e namorando, por um longo tempo até a neve se cessar, foi
quando resolveram ir para uma cafeteria, uma das mais tradicionais das redondezas.
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