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– Raul escuta o advogado, aproveita esta oportunidade que estão nos oferecendo, faça isso por seu<br />
filho, faça por nós!<br />
– Tudo bem, pode continuar falando ai da tal coisa!<br />
104<br />
<strong>Caminhos</strong><br />
– É algo aparentemente bem simples, você terá de contar a sua versão do fato para o delegado, mas<br />
antes eu preciso saber de toda a verdade, você participou ou deu ordens diretas, para a execução<br />
do Nicolas?<br />
– Nem uma coisa nem outra, mas tenho a minha parcela de culpa, a ordem de dar um corretivo nele foi<br />
minha, mas era somente para dar uma prensa, para que pagasse a dívida contraída, não tive culpa do que<br />
aconteceu a ele!<br />
Ambos se sentiram mais aliviados, tanto a esposa quanto o advogado, agora tinham esperanças que o<br />
caso pudesse ser resolvido, ou pelo menos ser mais amenizado, e depois de passar mais algumas<br />
orientações, ele deixou que o casal conversassem a sós, para que pudessem resolver suas pendências<br />
familiares, e talvez até tratarem de algumas coisas importantes, relativas ao futuro da família e de seu<br />
casamento, onde ele aproveitou para pedir desculpas, por todos os seus erros e falhas do passado, e<br />
também para ficar por de dentro de tudo, sobre o que havia acontecido aos donos da casa.<br />
Depois de tudo acertado, Arthur o levou para a delegacia mais próxima, e o apresentou junto a<br />
autoridade competente, que o fez prestar um longo e detalhado depoimento, ao qual contou sobre a sua<br />
ordem dada, e apontava com todos os detalhes, o verdadeiro culpado pela morte do jovem, e ao término<br />
deste cansativo interrogatório, assinou o seu depoimento, onde o delegado prometendo investigar as<br />
denúncias, estipulou o valor da fiança de soltura, que foi pago em dinheiro vivo pelo advogado.<br />
De volta a mansão, Raul soube que tinha a permissão de ficar, e que seria acomodado em um dos<br />
quartos de hospedes, por tempo indeterminado, até que toda situação fosse resolvida, apesar do marido<br />
ter confessado seus erros, de ter se apresentado a polícia, e implorado pelo perdão da esposa, Iris não<br />
permitiu a sua aproximação, ela ainda manteria a separação de corpos, pelo menos até tudo ser<br />
totalmente esclarecido, e quem sabe assim poder perdoar seus erros.<br />
Em Angra dos Reis, todos desembarcaram na bela casa de veraneio, ao chegar Caio Abraçou e Beijou<br />
Alba, a sua suposta affair da vez, ela realmente era muito linda e estonteante, e deslumbrava os olhos de<br />
qualquer um, porém ao ser apresenta a Nathan, houve um certo déjà-vu entre eles, e o empresário não<br />
deixou passar desapercebido.<br />
– O seu rosto me parece familiar, já nos encontramos antes?<br />
– Creio que não tive esta oportunidade, muito prazer!<br />
– Claro me desculpe, é muito bom conhecer a namorada do Caio.<br />
– Na verdade ainda estamos nos conhecendo melhor, e eu fiquei muito sentida, por tudo o que está<br />
acontecendo com vocês, o Caio já me explicou tudo por telefone, e no que precisar podem contar comigo!<br />
Letícia pareceu não ter gostado muito da moça, principalmente ao fato de ela ter despertado interesse, e<br />
a curiosidade do seu amado, mas ela soube conter a situação sobre controle, lembrando e comentando<br />
que estavam cansados, e que ainda precisavam guardar suas malas e pertences pessoais, a esta altura<br />
dos acontecimentos, esta nova moradia temporária, parecia que iria render algumas empolgantes<br />
situações.<br />
Mais tarde Caio e Alba, se sentaram no barzinho da sala para um drinque, conversaram um pouco sobre<br />
os acontecimentos, e também sobre a intensa relação afetiva, que já era mantida secretamente pelos dois,<br />
aproximadamente a oito meses, mas o que ele ainda não sabia, é que por detrás de tanta beleza, havia<br />
uma mulher calculista e muito perigosa.