Livro Caminhos

Caminhos
• Capítulo 88 •
Depois destas lindas palavras de amor, muitos gritaram e aplaudiram, dando incentivos ao lindo casal, e
tão logo seus lábios se separaram, ela se virou para a mesa, cortou o primeiro pedaço de bolo, e
brincando com muitos dos convidados, ficou apontando para quem seria o primeiro pedaço, e acabou
escolhendo aquele ao qual ambos amavam, que era o menino Gabriel, que foi o laço inicial entre os dois.
Caio ficou apenas observando, enquanto Iris e Raul, que eram um dos padrinhos, foram os primeiros a
lhes cumprimentar, em seguida outros também se aproximaram, inclusive as amigas Dulce e Amanda.
– Meus parabéns Letícia, tudo está perfeito e maravilhoso!
– É verdade amiga, agora conta só para nós duas, e a lua de mel vai ser onde?
– Prometemos um ao outro não revelar a ninguém, mas para as minhas melhores amigas, eu abro uma
pequena exceção. (Risos)
– Então conta logo, a curiosidade está nos matando!
– Tudo bem, eu conto, nós vamos para Paris, vamos recomeçar de onde nós paramos, do local que se
confirmou este amor verdadeiro, ao qual sentimos fortemente um pelo outro, e aproveito para agradecer
vocês duas, pela amizade e grande lealdade, sei que lutaram por mim na minha ausência, e sou muito
grata por isso!
As três se abraçaram muito, e também choraram juntas, eram lágrimas antecipadas de saudades, mas
havia uma promessa feita a elas, que um dia retornaria à instituição, retomando as atividades com as
crianças da favela, mas antes queria curtir seu casamento, e simplesmente ser muito feliz.
A cerimônia foi realizada numa tarde de sábado, e assim que as primeiras estrelas pintaram o céu,
espalhando o seu manto de luz pelo infinito, os dois se despediram dos pais de Letícia, e também dos
amigos mais íntimos, e por volta das vinte horas, foram levados ao aeroporto por Raul, pegando lá o seu
jatinho particular, decolando rumo a capital francesa, onde poderiam se amar plenamente, e ter a paz que
tanto almejavam.
Durante o voo, após um brinde com champanhe, ele colocou no pescoço da esposa, o lindo colar azul
de sua coleção, explicando a ela com os mínimos detalhes, que este pertencera a sua mãe, e que não se
tratava de uma joia preciosa, que o seu valor era apenas sentimental, e Letícia muito sorridente, afirmou
que seria uma grande honra usá-lo.
Na semana seguinte a vida seguiu normalmente, e acatando um pedido deixado por Nathan, Marina e
Duarte fizeram alguns preparativos, um deles foi a compra de dezenas de cristais, que foram moldados
com a energia da fonte, manipulados com muita presteza por eles, em seguida foram embalados em
pequenas caixas, e colocadas para envio no correios, cada qual com um destino diferente, e ao final
lacraram a caixa dourada, e aguardaram um grupo de homens da ordem, que vieram e a levaram embora,
com a promessa de destruírem o artefato, despertando decepção e tristeza ao colecionadores, que agora
retomariam antigos projetos no Antiquário.
Dias depois as caixas chegavam aos destinatários, e junto a elas um bilhete de Nathan, explicando se
tratar de um presente, um talismã de sorte e saúde, e sem imaginar do que se tratava realmente, a maioria
acreditava ser um simples amuleto, e mesmo sentindo melhoras em suas dores e doenças, creditaram
tudo isso simplesmente ao acaso, menos Dona Angelina, que compreendeu logo de cara, o que as
relíquias realmente faziam, vindo a entender perfeitamente, o que se passou com Vanessa.
Dentre os que receberam estes cristais, além dos dois colecionadores, e os já citados anteriormente,
estavam Iris, Arthur, Estevam, Murilo, as amigas Dulce e Amanda, o síndico Xavier, e logicamente seu
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