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Livro Caminhos

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<strong>Caminhos</strong><br />

• Capítulo 54 •<br />

Naquela Tarde acontecia uma outra reunião, se tratava do advogado de Militão e Situação, que havia<br />

sido contratado por suas famílias, para defendê-los da acusação de cúmplices de assassinato, no caso do<br />

garoto Nicolas.<br />

Ele argumentava veemente como o delegado Siqueira, sobre um relaxamento efetivo de suas prisões,<br />

alegando que até o momento em que entregaram o rapaz, nas mãos de seu verdadeiro assassino, ele não<br />

havia sofrido nenhum tipo de agressão, e como ele trazia consigo um documento de soltura, o oficial não<br />

teve como negar a petição.<br />

Após o documento ser encaminhado ao diretor do presídio, os dois detentos foram liberados<br />

imediatamente, e foram recebidos do lado de fora por alguns familiares, que os acompanharam até as<br />

suas casas na favela, mas eles ainda temiam por represálias por parte de Otto, que acabou sendo<br />

incriminado por conta de uma caderneta, porém não tinham outra alternativa, a não ser de encarar o que<br />

vinha pela frente.<br />

Voltando a reunião no grupo Etros, todos já haviam analisado os documentos apresentados, cabia agora<br />

juntar todas as conclusões e opiniões, para tentar entender todas estas transações, que tinham a<br />

finalidade compulsiva, de fraudar os caixas das empresas, e quem tomou frente para debater a questão,<br />

foi o diretor de assuntos internacionais.<br />

– Peço a palavra para o presidente, para expor o meu entendimento, ressaltando que algumas destas<br />

conclusões, foram feitas antecipadamente por especialistas monetários, e por um agente experiente da<br />

Interpol, sendo que outras são de minha própria opinião.<br />

– Você tem a permissão de expor suas conclusões!<br />

– Bem, vamos começar pela primeira transferência bancária, que foi realizada por um dos sócios da<br />

empresa imobiliária, o senhor Caio Green Ville, mas até neste ponto não houve nenhuma irregularidade,<br />

porque a quantia que foi transferida, saiu de uma de suas contas pessoais, e segundo o levantamento feito<br />

aqui mesmo na sede, era um dinheiro de dois imóveis que havia vendido, e que pertenciam realmente a<br />

ele.<br />

Nathan interveio, e quis saber mais detalhes de seu sócio:<br />

– Isto o isenta dos outros depósitos realizados?<br />

– Exatamente, mesmo o destino final sendo o mesmo, havia uma outra pessoa aqui de dentro, que<br />

continuou a enviar valores mensais, através de outras contas se utilizando de laranjas, acreditando assim<br />

que poderiam despistar a todos.<br />

Com a agenda do ex-presidente em mãos, o advogado Arthur apresentou a sua conclusão, e falou<br />

abertamente a todos:<br />

– Pelo que eu entendi, as anotações na agenda de Vasques, são exatamente os mesmos números<br />

destas contas, isso nos leva a crer, que era ele mesmo quem efetuava os desvios, isto está correto?<br />

Carlos Renato juntou os papeis, e apontando para um deles, confirmou:<br />

– Isso mesmo, o nome dele acabou aparecendo apenas uma única vez, e foi exatamente naquele dia do<br />

atentado, seguido de seu assassinato, onde ele abriu uma conta nas Ilhas Cayman, certamente ele<br />

aguardava algum depósito de grande valor, mas isso não acabou acontecendo.<br />

Nathan pediu um minuto, olhou os papeis que haviam chegado da Inglaterra, e concluiu:<br />

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