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<strong>Caminhos</strong><br />
– Então tudo era um teste, mas porque não me procurou, podia ter conversado sobre tudo isso, creio<br />
que devido a nossa grande amizade, tínhamos intimidade suficientes para falar do assunto.<br />
– Primeiro eu preciso acertar as coisas comigo mesmo, ter certeza destes meus sentimentos, para não<br />
acabar errando novamente, por isso eu vim até aqui hoje, preciso ficar sozinha, e tomar a decisão certa.<br />
– Eu entendo e já vou indo, mas antes preciso lhe falar algo, não tenho certeza se isso vai lhe ajudar, ou<br />
embaralhar ainda mais tudo o que está sentindo, embora a tempos você já saiba disso, eu te amo muito, é<br />
a mulher que quero ter sempre ao meu lado!<br />
Ele fez um carinho em seus cabelos, lhe deu um beijo no rosto, e foi-se embora, deixandoa<br />
sozinha com suas dúvidas e seus pensamentos, e assim na tentativa de chegar a uma conclusão<br />
definitiva, ficou ali sentada olhando para o horizonte, precisava encontrar dentro de si mesma, a resposta<br />
definitiva, de seus verdadeiros sentimentos.<br />
Por volta de treze horas e trinta minutos, Moreira o motorista particular de Nathan, encostou o carro<br />
no antiquário, Marina que já o aguardava na entrada, entrou no veículo e seguiu rumo a mansão, a sua<br />
ansiedade era aparentemente visível, além de demonstrar muito nervosismo, por estar prestes a entrar em<br />
possível território desconhecido, ou segundo seu pai, talvez até em terreno inimigo.<br />
Ao chegar Elvira a acompanhou até a biblioteca, onde supostamente ele a aguardava, como boa<br />
visualizadora e conhecedora de antiguidades, não deixou de notar o grande estilo e o luxo, da enorme<br />
casa que visitava pela primeira vez, apesar de se tratar de um encontro informal, Nathan estava vestindo<br />
camisa social e gravata, e com um largo sorriso e um aperto de mãos, recebeu muito bem a sua<br />
convidada.<br />
– Seja muito bem-vinda, antes de subirmos até os objetos de arte, deseja tomar um suco ou alguma<br />
outra bebida?<br />
– Não muito obrigado, eu estou pronta, e quando quiser podemos iniciar.<br />
– Então não percamos mais tempo, venha comigo!<br />
Eles subiram as escadas e foram até o corredor, e mal chegou perto e ela já ficou deslumbrada, haviam<br />
muitos objetos e quadros antigos, nem sabia por onde começaria, ele até deu um pouco de espaço a ela,<br />
ficando mais a frente observando cada gesto, cada comentário, e o que ela anotava em sua agenda.<br />
Ela estranhava um pouco o fato de Nathan, não saber responder algumas de suas perguntas, como<br />
sobre autores das obras, valores e datas das aquisições, mas bem lá no fundo, ela tinha quase certeza<br />
que ele estava mentindo e a testando, até que ele lhe mostrou o colar de esmeraldas, aquele ao qual lhe<br />
chamava tanta a atenção, e que Caio havia dito que era seu objeto favorito, e com uma chave ele abriu a<br />
caixa de vidro, permitindo o acesso e que ela o pegasse.<br />
– Este colar é maravilhoso, e dá para perceber que é muito antigo, não sabe mesmo nada sobre ele?<br />
– No momento eu só posso lhe falar, que sinto uma atração muito forte quando o vejo, digamos por<br />
assim dizer, que parece ser a minha peça preferida.<br />
– Posso ser franca?<br />
– Claro por favor!<br />
– Acredito que esta zombando de mim, ou fazendo algum tipo de teste, para ver se sou realmente<br />
entendida no assunto.<br />
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