Livro Caminhos

Caminhos
• Capítulo 75 •
Os colecionadores estavam extasiados, ouvindo cada palavra, reparando em cada gesto que o
empresário efetuava, para demonstrar com total clareza, aqueles momentos vivenciados por ele no
passado, e assim que surgiu uma brecha, lhe fizeram algumas perguntas importantes, a primeira que o
indagou foi Marina.
– Explica para a gente, qual foi a sua primeira sensação, após este primeiro contato com esta energia?
– Muitas ao mesmo tempo, mas para achar uma palavra exata ao que senti, hoje eu diria "plenitude".
Duarte parecendo entender com clareza, procurou disseminar a reação sentida por Nathan.
– Eu creio que entendo o que quer dizer, seria uma sensação de bem-estar, de ausência de dor e medo,
e possivelmente de sentir muito poder!
– Sim, isso mesmo, mas faltou a coisa mais importante nisso tudo, que é a chave fundamental desta
fonte de energia, que é o acentuamento de todos os nossos sentimentos.
Marina cruzou os braços, procurou assimilar as informações, e também chegou a um entendimento.
– Claramente, que tem sentimentos bons e nobres, os potencializa ainda mais para este sentido, e deve
fazer o caminho inverso, para os que mantêm sentimentos ruins dentro de si!
– Perfeito, simples assim, mas não pensem vocês, que não passei por muitas e muitas provas, nestes
meus longos caminhos da minha jornada, porque no início a pessoa se julga poderosa, invencível, e até
imortal, acreditando que pode fazer tudo o que quiser, começa até a achar que é algum tipo de Deus, ou
coisas deste tipo.
– Sabe o que eu acho filha, eu acredito que muitos de nossos ancestrais, possam ter passados por este
tipo de provação, você sabe Nathan, alguma coisa sobre quem já possuiu este poder?
– Se é sobre lendas que quer saber, há muitas a respeito da fonte, podemos assim dizer que ela já
possuiu diversos nomes, e o seu poder infinito muitas vezes, foi confundido com magia negra, ocultismo, e
até mesmo obras satânicas, levando muita gente inocente para a forca, e para queimar na fogueira.
Marina olhou para o pai, e ficou admirada com estas revelações.
– Meu Deus, que coisas horrorosas!
– É minha filha, se pararmos para refletir em todas as barbáries, que foram instauradas ao longo do
tempo, concluiremos que o ser humano é capaz de tudo, e que não tem limitações para a sua arrogância,
nem para a sua ignorância.
Nathan transparecia satisfação, em lhes revelar todos estes segredos, ainda mais, por que todos
pareciam falar a mesma língua.
– Concordo com o senhor, ainda mais uma pessoa como eu, que já viveu em diversas épocas, em várias
culturas, acompanhando sempre o caminhar da humanidade, fui percebendo que as pessoas nunca
mudaram, e continuam com as mesmas carências de consciência, mas voltando a fonte, vocês têm mais
perguntas?
Marina parecia uma colegial, e no automático, chegou até a levantar a mão.
– Eu tenho muitas, por exemplo, o que são estas pedras ao qual chamam de relíquias?
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