Livro Caminhos

Caminhos
• Capítulo 65 •
Depois de curtir seus devaneios, Iris trocou de roupas e foi se deitar, enquanto ali mesmo no hotel,
Nathan havia tomado um banho bem quente, procurando relaxar de mais este dia tenso que terminava, e
se aproveitou da diferença de horários, que eram aproximadamente de três horas a menos, entre o
território americano e o Brasil, e ligou para o celular de Letícia.
– Oi meu amor, tudo bem com você, como foi o seu dia hoje?
– Eu estou melhor, ainda me sentindo um pouco enjoada, mas sei que é por causa das fortes
medicações, mas eu estava preocupada com você, tudo certo por aí? Porque não me ligou antes?
– Me desculpe por não ligar mais cedo, é porque eu tive um contratempo na mansão, e acabei ficando
quase o dia todo por lá.
– Pelo seu tom de voz aconteceu algo, que falar a respeito?
– Melhor não, são coisas passíveis de serem resolvidas, o que mais importa é que todos por aqui estão
bem, e nossos amigos muito bem seguros!
– Você se referiu a todos menos de você, tem certeza de que não quer desabafar comigo?
– Quando você retornar a gente conversa, alguma novidade por aí, seus pais estão bem?
– Estão sim, obrigado por perguntar, mas aconteceu algo muito chato hoje a tarde, dois policiais vieram
me fazer perguntas, e foi muito cansativo.
– É sobre o sequestro, o que eles abordaram?
– Nossa, me fizeram tantas perguntas, que em um determinado momento do interrogatório, eu até
acabei me perdendo um pouco, mas eles foram superpacientes comigo, mas fizeram questão de saber
todos os detalhes.
– Eu sinto muito de ter de passar por estas coisas, mas sabíamos que isso iria acontecer mesmo, e
chegaram a lhe falar algo, se haviam feito algum progresso?
– Eles não dizem muitas coisas, são muito restritos e concentrados, mas comentaram meio que por
cima, que aquela filha duma mãe da Alba, já está presa juntos com os outros criminosos, e que os estão
interrogando diariamente, na tentativa de concluírem o caso.
– É uma excelente notícia, tenho certeza de que logo eles descobrirão, todos os responsáveis por este
crime brutal, creio que é questão de tempo.
– Tem mais uma coisa, eles querem que eu vá com eles, tentar reconhecer o corpo do Caio, senão terão
de enterrá-lo como indigente, e sei que somente eu poderei fazer isso, porque você não tem permissão
para voltar aqui, e pelo que sempre me contou, não sabe do paradeiro de nenhum parente dele.
– Acha que terá condições de realizar o reconhecimento?
– Vou ter de arranjar muita força, mas devo isso a ele, pois nos dias em que ficamos presos, e éramos
torturados o tempo todo, o Caio me defendia e me dava esperanças, que sairíamos vivos desta situação,
sofro só de pensar no que passamos naquele cativeiro.
– Não pense mais nisso agora, procure descansar um pouco e durma, amanhã eu ligo para ver
como você esta, boa noite, um beijo especial para você!
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