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Livro Caminhos

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<strong>Caminhos</strong><br />

• Capítulo 79 •<br />

Com as armas em punho, os bandidos obrigaram o motorista do coletivo, a sair do trânsito mais pesado,<br />

e a trafegar em uma rua de menor movimento, pois sabiam que a qualquer momento, poderiam ser<br />

abordados pela polícia, e percebendo que Parker perdia muito sangue, Heloise saltou com ele em uma<br />

esquina, e com muita dificuldade caminharam por dois quarteirões, porém houve uma breve pausa, e<br />

Parker demonstrava sinais claros de exaustão.<br />

– Para, eu não consigo ir mais adiante, estou cansado e muito ferido, acho que uma das balas me<br />

atravessou pelas costas, creio que desta vez já era!<br />

– Nada disso, vamos dar um jeito como sempre, aguente firme que vou resolver isso.<br />

– Por acaso tem uma daquelas pedras mágicas, que vai me curar dos ferimentos, e fazer tudo voltar ao<br />

normal?<br />

– Quem dera ainda ter os cristais, vou pegar um carro e te levar a um hospital, deu para ver de onde<br />

veio o ataque, ou de quem se tratava?<br />

– Não, foi muito rápido, mas acho que vieram de cima do prédio, certamente feito por profissionais,<br />

porque os tiros foram certeiros, você deve ir e me deixar aqui, não pode ir a lugar algum agora, porque<br />

certamente será apanhada pela polícia, só quero que me diga uma coisa, algum dia me amou de verdade?<br />

– Ha meu caro, se o tempo não fosse curto, eu teria tantas coisas para lhe dizer, não pensa nisso agora,<br />

temos de nos concentrar em sair deste pesadelo, me dê um minuto para pensar.<br />

Ela o colocou sentado no chão, olhou para tudo ao seu redor, e reparou que várias pessoas os<br />

observavam, sendo assim, ela pegou o revolver, e deu dois tiros para o alto, fazendo com que os curiosos<br />

se dispersassem, depois se aproximou de um carro estacionado, e quebrou o vidro lateral com um outro<br />

disparo.<br />

A esta altura dos acontecimentos, Parker já estava desacordado, e num esforço sobre-humano, ela o<br />

colocou dentro do veículo, saindo em disparada sem um destino certo, tentando observar as placas pelo<br />

caminho, procurando a indicação de algum hospital, e nem de longe, parecia aquela fria e cruel criminosa,<br />

pois estava desestabilizada, ferida, e totalmente sem rumo.<br />

Heloise rodou por cerca de quinze minutos, até que num cruzamento com sinal fechado, tentou de todas<br />

as formas reanimar Parker, com palavras e puxões em seu braço, porém percebeu que era tudo em vão,<br />

pois seu amante, protetor, e fiel companheiro da organização, já se encontrava ali sem vida, e percebendo<br />

que a polícia se aproximava, devido as várias sirenes que soavam nos arredores, contendo as lágrimas<br />

nos olhos, ela sussurrou dizendo suas últimas palavras a ele:<br />

– Obrigado por me proteger, por ser meu amigo, sempre te amarei, adeus...<br />

Por alguns momentos, a tão poderosa chefe da organização criminosa, havia se entregado ao<br />

sentimentalismo, mas logo em seguida voltou a si, saiu rapidamente do carro, procurando fugir no meio<br />

dos pedestres, até que dois policiais de moto a abordaram, e percebendo que não havia mais saída, ela<br />

não resistiu à prisão, eles mal sabiam que se tratava de alguém tão perigosa, procurada em diversos<br />

países do mundo, pela Interpol e o pelo FBI.<br />

A primeira providência tomada, foi de a encaminhar até um hospital próximo, pelo motivo de também<br />

estar perdendo sangue, certamente por ter sido alvejada por um disparo, e com as mãos algemadas,<br />

Heloise começou a recebeu os cuidados médicos necessários, e sem responder nada as autoridades,<br />

permaneceu o tempo todo calada, ciente que sua situação estava muito complicada.<br />

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