Livro Caminhos

Caminhos
• Capítulo 18 •
No Brasil o Expediente já havia terminado, Vasques tinha adiantado a todos na empresa, que a reunião
com o Sheik árabe e assessores, ainda estava em andamento naquele exato instante, mas que não havia
a necessidade, que os membros da diretoria ficassem na retaguarda, sendo assim foram dispensados, e
Murilo aproveitou para ir até o apartamento de Bianca.
Durante todo o caminho ele ficou pensativo, qual seria o real motivo desta sua falta, ainda mais em
numa reunião de tamanha importância, como a que tiveram no dia anterior a viagem, até então ela sempre
foi muito responsável e pontual, e agora depois de terem ficados juntos, ela já estava sem dar notícias há
dois dias, mas teria ela se arrependido e voltado atrás, ou teria acontecido algo de mais grave, todas estas
questões o perturbava.
Já anoitecia quando ele chegou na porta do prédio, estacionou o carro e foi até a portaria, onde foi
meramente informado, de que ela não estava em seu apartamento, que havia estado lá somente na parte
da manhã, mas depois havia saído novamente, e até o momento não havia retornado.
Ali estava ele, mais uma vez correndo atrás dela, parecia uma repetição sem fim, e chegou até a ir na
mesma praça, onde a havia encontrado da outra vez, mas ao constatar que ali não estava, se sentou no
carro, procurou em seus contatos o telefone de Cesar, que era o gerente do departamento pessoal do
grupo.
Na correria ele acabou se esquecendo de o procurar, pois possivelmente ela poderia ter ligado, e dado
satisfações sobre as faltas, ou até mesmo deixado algum tipo de aviso, tanto para ele quanto a diretoria do
grupo, e assim telefonou para ele:
– Cesar boa noite, é o diretor Murilo tudo bem?
– Comigo está tudo bem, e com você?
– Tudo bem, desculpe eu ligar assim depois do horário de trabalho, mas eu preciso de uma informação
vossa, por acaso a Bianca lhe comunicou algo, sobre sua falta e ausência nestes dois dias, houve algum
tipo de contato dela?
– Houve sim, mas foi somente hoje a tarde, eu já estava arrumando as coisas para ir embora, quando
ela ligou e avisou que precisava de alguns dias, alegando que teria de cuidar de uma pessoa muito
próxima, e que está internada em um hospital, me pediu para dar uma licença sem remuneração, isso
perante as regras vigentes da empresa, e neste caso ela pode se afastar por dez dias, mas porque a
pergunta, está acontecendo algo, posso ajudar em alguma coisa?
– Digamos que é um assunto pessoal, mas poderia me dar mais detalhes, ela falou quem é a pessoa, ou
pelo menos disse em que hospital ela se encontrava?
– Desculpe, ela não mencionou nada, e também não é do meu feitio ficar especulando, principalmente
sobre assuntos fora do trabalho, mas se for alguém de sua família, provavelmente ela pode ter internado
essa pessoa, no hospital que a empresa mantém o convenio.
– Mas é claro, olha Cesar obrigado pelas informações, e me desculpe mais uma vez por te importunar,
até amanhã na empresa!
Depois de meia hora ele chegou no hospital, e foi até o balcão em busca de informações, porém pelo
nome ou sobrenome de Bianca nada encontrou, e por não ser um membro da família de um internado,
eles não podiam dar mais nenhum tipo de informação.
Após ficar andando de um lado para o outro, tentando achar uma maneira de solucionar o problema,
resolveu novamente ligar para o celular dela, e desta vez obteve sucesso, pois ela o atendeu:
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