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Livro Caminhos

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<strong>Caminhos</strong><br />

• Capítulo 30 •<br />

Amanheceu um belo e ensolarado dia de sábado, Raul havia voltado bem cedo para a mansão, ele<br />

retornava da cidade de Campinas, onde no dia anterior, havia ido em busca de levantar algumas<br />

informações, sobre uma testemunha foragida, ao qual poderia ajudar muito no seu caso, e como viajou<br />

boa parte da madrugada, foi direto para o seu quarto de hospedes.<br />

Marina também havia acordado bem cedo, onde praticamente não dormira a noite toda, devido a<br />

ansiedade de tentar resolver, o caso complicado em que o pai se encontrava, e sem ao menos tomar o<br />

café matinal, ao qual tinha direito pela sua hospedagem, tomou um táxi, e foi diretamente para o hospital,<br />

para tratar dos documentos necessários, para a transferência de Duarte.<br />

Tudo corria bem, mas após o preenchimento de toda a papelada, e apresentar os documentos<br />

requeridos pela entidade, faltava o detalhe principal, que era o pagamento de uma certa quantia, ao qual<br />

dava garantias do atendimento especializado, e na tentativa de passar o seu cartão de débito, teve<br />

uma terrível constatação, de que sua conta estava bloqueada.<br />

Tempo é o que ela menos tinha nestas circunstancias, pois a cada hora perdida, as chances de Duarte<br />

sobreviver diminuíam, e mais do que depressa, ela correu até o banco, e por ser um sábado estava<br />

fechado, ela havia se perdido nos dias, mas chegando lá, avistou pelo vidro o seu gerente de conta, e<br />

começou a gritar bem alto, até chamar a atenção dos funcionários presentes, inclusive dele, que procurou<br />

se aproximar rapidamente, e ver do que se tratava.<br />

– Senhorita Marina, um momento que vou pedir para abrir a porta.<br />

Um dos guardas que já estava por perto, acatou o pedido do gerente, onde este agindo com extrema<br />

tranquilidade, a convidou para ir até a sua mesa, e antes mesmo que ele se sentasse, a colecionadora lhe<br />

dirigiu a palavra:<br />

– Muito obrigado por me atender!<br />

– Bom, sabe que não atendemos aos sábados, e somente aqui estamos hoje, fazendo um balancete<br />

anual, mas em que posso ajuda-la?<br />

– Preciso saber o que houve com a minha conta, eu tentei há pouco utilizar o meu cartão, e a<br />

administradora o recusou, alegando que a conta foi bloqueada, eu não entendo, tenho esta conta a mais<br />

de dez anos, e creio ter saldo suficiente na conta corrente, e também nas aplicações financeiras, para<br />

cobrir este gasto que necessito!<br />

– Por favor sente-se, normalmente eu não poderia atendê-la fora do expediente, mas vendo o estado de<br />

nervosismo em que se encontra, abrirei uma pequena exceção, e com calma veremos o que está<br />

acontecendo.<br />

Vendo a presteza que o gerente lhe deu, ela conseguiu se acalmar parcialmente, até o momento em que<br />

ele verificou no sistema, que a conta e as aplicações financeiras da moça, haviam sido bloqueadas pela<br />

justiça, e que neste caso o banco nada poderia fazer.<br />

Mesmo chocada pela notícia, por ela ser demasiadamente inteligente, logo sacou, que só podia ser por<br />

causa das investigações, e certamente a polícia federal, havia bloqueado todos os bens da família, e isto<br />

no mínimo, ficaria assim até a conclusão do caso, e diante desta sucessão de fatos negativos, ela<br />

praticamente ficou sem chão.<br />

Após alguns minutos de um ligeiro apagão, ela buscou forças dentro de si, e pegou novamente um táxi,<br />

praticamente sem una direção certa, mas no meio do caminho tomou uma resolução, iria até a fonte<br />

principal do problema, quem sabe lá na mansão, não teria alguém com autoridade suficiente, para pelo<br />

menos emprestar o dinheiro que necessitava.<br />

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