Livro Caminhos

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Caminhos
– Bom filha, pelo que lhe conheço, nada fará você mudar de ideia, então faça o que achar necessário!
Ela não pensou duas vezes, pegou a lista telefônica, e iniciou a procura pelo telefone, mas nada
encontrou, provavelmente ele não permitia a divulgação do número, não desistiu e fez também buscas
pela internet, onde acabou encontrando o seu endereço, foi quando então tomou uma medida drástica, se
arrumou, avisou o pai rapidamente sobre sua saída, não permitindo assim que ele opinasse, pegou o seu
carro na garagem, e foi até a Mansão.
Perto das vinte horas, Marina chegou no local apontado, e já foi logo apertando o interfone se
anunciando, e para a sua grande surpresa minutos depois, Nathan apareceu no portão para atendê-la,
mais do que depressa, tratou logo de esclarecer sua visita.
– Boa noite, achei que não se lembraria de mim, deve ter conversado como muita gente importante,
naquele dia da festa!
– Claro que me lembro, me desculpe por perguntar, mas eu havia marcado algo para hoje e me
esqueci? É que ando com alguns problemas de memória.
– Não, eu é que lhe devo desculpas por vir assim sem avisar, ainda mais a estas horas da noite, mas é
que para falar a verdade, eu sou muito aficionada por arte, e estou louca para ver esta sua coleção, e é
claro também ajudá-lo, catalogando todas estas obras.
– Eu entendo o seu lado, mas creio que hoje não será possível, nem tanto pelo horário, mas foi um dia
muito difícil, chegamos a pouco de um velório, e estou acolhendo dois amigos, acertando por assim dizer,
os detalhes de suas acomodações.
– Mais uma vez peço-lhe desculpas, era parente seu?
– Não, era um colaborador de uma Ong que cuidamos, mesmo assim foi um pesar para todos nós.
– Eu sinto muito por isso, neste caso eu vou embora, e outro dia se puder me atender, eu retornarei.
– Saiba que preciso muito saber a sua opinião, e quero que faça a uma perícia completa, em todas as
obras de arte da casa, mas vamos fazer assim, vou marcar para a segunda-feira, depois do ano novo, e
lhe receberei com o maior prazer!
– Claro, se não for lhe atrapalhar, eu gostaria muito, para mim está ótimo!
– Então está combinado, vamos marcar para a parte da tarde, me dê o seu número de telefone, eu ligo
para confirmar.
Ele se despediu e voltou para dentro, e ela retornava para casa satisfeita, tinha valido a pena ir até lá e
se arriscado, o que era apenas uma tentativa, acabou virou um sério compromisso, e Marina não via a
hora de dar a boa notícia ao pai.
Do outro lado da cidade, na casa do advogado Arthur, Elisa havia decido e jantado com ele, e ao
terminarem, a convidou para irem até o escritório, onde precisavam muito conversar, ele notou que ela
procurava de todas as formas, esconder os ferimentos do rosto com seus cabelos, e depois que se
sentaram ele iniciou a conversa.
– Não precisa se preocupar com o seu rosto, logo ele ficará bom!
– É que eu fico com vergonha, devo estar horrível.
– Isso não é o mais importante, agora eu preciso lhe falar sobre algo, um assunto de suma importância
para você, mas tudo dependerá pelo modo que reagir, a esta proposta que vou lhe fazer.