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Livro Caminhos

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<strong>Caminhos</strong><br />

Chegando em seu apartamento, Murilo foi direto para o chuveiro, tomou um banho bem gelado, na<br />

tentativa de se recuperar dos efeitos do álcool, após isso ele colocou uma bermuda, e procurou algo para<br />

comer na cozinha, retirando um congelado do freezer, e colocando-o no micro-ondas.<br />

Enquanto esperava a comida ficar pronta, abriu uma lata de refrigerante, e ficou olhando a foto de<br />

Bianca, que havia sido tirado em uma festa de natal, que fora realizado no passado pela empresa, este<br />

porta retrato ficava em cima de uma mesinha, entre o estreito corredor e a cozinha, após isso comeu um<br />

pouco, e em seguida foi se deitar.<br />

Diego como de costume, havia bebido muito no bar, mas mesmo assim, depois de tomar um banho e<br />

trocar de roupa, ainda achou espaço para a saideira, tomando mais uma bebida até também se recolher.<br />

Em outro ponto da grande cidade, em seu apartamento, Bianca havia se sentado em uma poltrona, que<br />

ficava bem perto da janela, ela se encontrava chateada e muito pensativa, a respeito da conversa que<br />

havia tido com Murilo, se sentia mal por causa da amizade, e cumplicidade dos dois, mas não podia<br />

arrastar esta situação por mais tempo, e permitindo que ele ficasse se iludindo por ela.<br />

Passaram-se alguns minutos e o telefone tocou, rapidamente reconheceu o número pelo bina, era Talita<br />

a outra ponta do triangulo amoroso, ela estava retornando as ligações, que Bianca já havia feito<br />

inúmeras vezes, e que não havia obtido sucesso, mas agora ela hesitava em atender, aguardou um<br />

pouco, mas por fim pegou o aparelho.<br />

– Oi, que bom que você retornou, estava precisando ouvir sua voz.<br />

– Eu estava no banho, e quando sai, vi que tinha várias chamas suas perdidas, fiquei muito preocupada,<br />

aconteceu algo?<br />

– Aconteceu muita coisa, mas eu não quero falar disso por telefone, podemos nos ver amanhã?<br />

– Com certeza, aposto que tem algo a haver com aquele idiota, que trabalha contigo na empresa.<br />

– Não fale assim que eu não gosto, ele não é idiota, eu o respeito muito, e é um grande amigo!<br />

Houve um início de clima ruim, Talita começou a roer as unhas, e depois de um breve silêncio, voltou ao<br />

ponto do conflito.<br />

– Sabia que tinha o dedo dele, mas tudo bem, vou respeitar o seu pedido, mas amanhã eu quero saber<br />

de tudo, não quero que me esconda nada!<br />

– Claro, não vou te esconder nada, nos encontramos no lugar de sempre, e lhe explico tudo<br />

pessoalmente, está bom as nove da noite?<br />

– Pode ser, mas você vai ficar bem até lá?<br />

– Fica tranquila, vou ficar bem sim, eu já estou indo me deitar.<br />

– Faça isso e descanse, até amanhã, beijo!<br />

– Um para você também, Tchau!<br />

Ela desligou o telefone, pegou um pouco de café na cozinha, e foi até a janela observar a chuva que<br />

caía, onde ficou parada olhado o horizonte, mas ela estranhava muito o sentimento, que parecia ruminar<br />

tudo por dentro, pois em vez de se sentir mais aliviada, por ter dito toda a verdade a Murilo, a moça sentia<br />

uma imensa tristeza, que vinha lá do fundo do seu coração.<br />

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