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<strong>Caminhos</strong><br />
– Peço muita calma a todos, temos de ser razoáveis para que o meu cliente, possa conversar<br />
civilizadamente com cada um!<br />
Nathan observando que não houve efeito, se colocou mais a frente, e falou abertamente:<br />
– Pode deixar Arthur, eu vou responder a todas as perguntas, mas antes de me julgarem, peço um<br />
tempo para lhes contar toda a história, e depois que ouvirem tudo, vocês terão todo o direito de questionar,<br />
o que realmente acharem necessário!<br />
A professora Amanda se antecipou, e conhecendo a boa índole, de um de seus maiores benfeitores,<br />
deu-lhe o apoio que precisava.<br />
– Vamos dar um voto de confiança a ele, pois sempre demonstrou ter um bom caráter, então<br />
vamos ouvir o que tem a dizer!<br />
Houve um breve silêncio, Nathan procurou olhar nos olhos de cada um, na tentativa de sentir na pele, o<br />
que cada pessoa poderia estar pensando dele, após isso voltou a falar:<br />
– Primeiro, eu vou me dirigir aos filhos do senhor Moreira, quero que saibam que era um amigo muito<br />
querido, e que se eu pudesse ter evitado aquele atentado, pode ter certeza que eu o faria, porque muitos<br />
inocentes morreram naquela explosão, e pelo que eu sei, todas as famílias já foram localizadas, e<br />
receberam uma grande indenização por suas mortes, e sei perfeitamente, que nenhum dinheiro do mundo,<br />
poderá trazer de volta os seus entes queridos, e deixo aqui as minhas sinceras condolências.<br />
Por estar excessivamente nervosa, Eleonora não se conteve e se levantou, e aos gritos o interpelou:<br />
– E quanto a Letícia, o que aconteceu com ela, e porque você se escondeu se fingindo de morto?<br />
Novamente Arthur se intrometeu, procurando defender seu amigo e cliente.<br />
– Quanto a se esconder de todos, foi uma medida necessária, adotada por todos os envolvidos, para se<br />
precaverem de um novo atentado a suas vidas, e tudo isso foi supervisionado, e recomendado pela polícia<br />
federal, que sabia de todos os passos dados, nada foi feito sem a autorização prévia deles.<br />
O delegado presente, que ouvia tudo atentamente, interferiu rapidamente no diálogo, e expressou a sua<br />
palavra.<br />
– Se tudo isso que diz é verdade, terei de averiguar junto às autoridades, e pedir o cancelamento desta<br />
sua ordem de prisão, que trago hoje aqui em mãos, vou ligar imediatamente para meus superiores!<br />
Arthur retirou papeis de sua maleta, e os apontou para o delegado e investigadores.<br />
– Estou aqui com toda a documentação do caso, estamos a sua inteira disposição, para esclarecermos<br />
todos os fatos, envolvendo o meu cliente Nathan Collin Miller.<br />
Em meio ao falatório que se estendeu, Nathan achou que já era hora, de falar sobre a suposta traição.<br />
– Agora eu peço a atenção dos pais da Letícia, quero que deem uma olhada numa carta, que está<br />
guardada aqui na biblioteca, e estas poucas linhas contidas nela, me foram deixadas em Angra dos Reis.<br />
Após Nathan retirar o papel de uma gaveta, Jorge deu um passo à frente, pegou com um certo receio a<br />
carta, levando-a até próximo a Eleonora, onde ambos leram atentamente toda a sua escrita, mas no final<br />
nada havia mudado, eles não acreditaram em uma única frase, e revidaram com palavras muito ásperas.<br />
Neste momento, os ânimos ficaram muito acirrados, e tanto o advogado quanto os policiais, tiveram que<br />
interferir na discussão, e seguranças que estavam do lado de fora, fizeram menção de entrar na sala, mas<br />
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