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Livro Caminhos

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– Muito pouco, apenas barulhos, o carro girando, algumas imagens rápidas, acho que somente isso<br />

mesmo.<br />

<strong>Caminhos</strong><br />

– Por padrão toda pessoa que perde a memória, sofre algum tipo de lesão no cérebro, porém o que você<br />

precisa ter conhecimento, é que você sofreu alguns ferimentos em seu corpo, mas nada referente a sua<br />

cabeça, todos os exames que fizemos no hospital, deram resultados negativos, fisicamente está tudo<br />

correto e perfeito, nos restando somente trabalharmos, com a hipótese de você ter sofrido, algum tipo de<br />

trauma psicológico, que neste caso é totalmente compreensível, isso acontece muito!<br />

O empresário esboçou um leve sorriso, e falou ao médico o que pensava:<br />

– Eu não sei porque esconderam isso de mim, porque ao meu ver é uma boa notícia, pior se fosse<br />

algum tipo de fato irreversível.<br />

– Muito boa a sua reação, assim fica muito mais fácil, trabalharmos em pró de seu tratamento, agora vá<br />

para casa e repouse, até a próxima semana!<br />

Assim foi finalizada a primeira sessão, Nathan pouco comentou com Caio, sobre o que ocorreu durante<br />

toda a consulta, e durante o retorno para a mansão, procurou permanecer em silêncio dentro do carro,<br />

relembrando alguns momentos do tratamento, e tentando compreender as cenas que visualizou, e<br />

sobretudo, do que lhe foi lhe falado no consultório.<br />

A noite já no seu enorme quarto, Nathan resolveu fazer um reconhecimento, olhou peças de roupas,<br />

documentos, e algumas gavetas, até que acabou encontrando uma pequena chave, e se lembrou de algo,<br />

que havia um cofre em seu quarto.<br />

Procurou em toda parte, até que foi em direção de um quadro, que ficava no corredor de seu lavabo, o<br />

retirou com cuidado, e confirmou que havia mesmo um cofre, e este continha um painel digital,<br />

provavelmente estava travado com um segredo, mas agora a questão já era outra, como abri-lo, pois não<br />

se lembrava dos números.<br />

Ficou bem ali parado e pensativo, por vários minutos se esforçou em vão, na tentativa de descobrir a<br />

informação que precisava, até que resolveu chamar pelo amigo, que ainda estava acordado em seu<br />

quarto, Nathan contou a ele sobre a sua lembrança, e percebendo de imediato, que ele já sabia<br />

da existência do mesmo, o convidou para ir ao seu quarto e ajuda-lo, mas Caio foi bem objetivo<br />

e comentou:<br />

– Cada um tem seu próprio cofre, e dentro dele seus segredos guardados a sete chaves,<br />

logo você pode presumir que a senha é muito pessoal, eu sinto muito mesmo, mas nisso realmente não<br />

poderei lhe ajudar!<br />

– Jura que não é mais uma daquelas histórias, de me proteger e de me poupar, das coisas do meu<br />

passado?<br />

– Eu juro a você que é pessoal mesmo, mas prometo que assim que eu perceber, que está se firmando<br />

e melhorando, vou poder lhe ajudar muito mais, inclusive contar coisas muito importantes, ao qual não<br />

seriam apropriadas neste momento, em que você ainda se encontrava muito fragilizado.<br />

– Tudo bem, o médico disse mesmo para ir devagar, e assim não piorar a minha situação, e nem a<br />

saúde, por enquanto eu agradeço a sua ajuda, boa noite!<br />

– Boa noite, se precisar de algo é só chamar.<br />

Caio lhe deu um forte abraço, e fechou a porta do quarto, já Nathan ficou novamente pensativo, e parece<br />

não ter acreditado muito nele, havia sempre algo de muito duvidoso, nas atitudes e conversas de Caio.<br />

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