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Livro Caminhos

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– Aquela mulher tem de ser minha, eu a vi primeiro que ele, e para isso juntei todo o meu dinheiro, e<br />

pretendo levar ela embora daqui para sempre!<br />

Militão se interessou ainda mais, depois destas últimas palavras.<br />

– Quer dizer que se te ajudar a entrar e pegar ela, vai sair daqui da favela?<br />

<strong>Caminhos</strong><br />

– Exatamente, levantei um bom dinheiro com aquelas joias do furto, e o caminho ficará livre para vocês,<br />

certamente isso aqui vai ficar uma bagunça!<br />

– Eu estou dentro!<br />

Já Situação, parecia estar com os pés mais no chão, e tinha dúvidas quanto a esta ação.<br />

– Sei não, tenho de pensar no assunto, não estou a fim de voltar para a cadeia, e quando pretende fazer<br />

isso?<br />

– Deixe de ser molenga, a grana é boa e certa, pois a maioria dos seguranças tem folga na segunda, e<br />

assim que escurecer entramos lá e fazemos o serviço, agora me deixem sozinho, preciso planejar<br />

direitinho como vamos fazer, voltamos nos falar na segunda a tarde, para o acerto final de como vamos<br />

agir.<br />

Claramente Situação discordava da ação, mas como havia torrado inutilmente, toda a sua parte do<br />

roubo anterior, este dinheiro viria a calhar, mas o receio de poder ser preso, ou até mesmo de ser baleado<br />

nesta ação, o levava a ter dúvidas de aceitar ou não a proposta.<br />

Heloise e Parker haviam chegado ao Brasil, depois de mais de uma semana fugindo, entre embarcações<br />

e pequenos aviões, eles se hospedaram num hotel na fronteira com o Paraguai, onde o dinheiro não era<br />

problemas para eles, porque através de qualquer computador, tinham acesso direto aos bancos e contas<br />

da organização, pelo menos até que as agências de inteligência, não as descobrissem e as boqueassem.<br />

Os criminosos tinham planos de chegar até Nathan, pretendendo viajar já na próxima semana, até a<br />

cidade de São Paulo, por este motivo Parker se ausentou, estava perambulando pelas redondezas, a<br />

procura de homens para este trabalho sujo, enquanto isso dentro do quarto, Heloise fumava e observava<br />

as mãos trêmulas, e com o rosto visivelmente deformado, e o corpo muito enfraquecido, ela sentia<br />

bruscamente em todo o seu ser, a falta da energia contida nas relíquias, e isso tornava cada vez mais<br />

urgente, o ataque final a seu irmão.<br />

As horas naquela noite passavam rapidamente, e o jantar estava posto na casa de Arthur, e como por ali<br />

não havia cerimonias, e todos se tratavam como sendo da mesma família, eles faziam juntos as refeições,<br />

e conversavam descontraidamente sobre assuntos diversos, desde novelas, filmes e notícias pelo mundo,<br />

a única coisa que era proibida, era falar sobre serviço.<br />

Mais tarde como de costume, o advogado ia até a sua sala particular, se sentava ao lado do abajur, e ali<br />

preparava sua dose de whisky, e aproveitando que Dirce e Dimas já haviam se retirado, Elisa se<br />

aproximou pela frente, depois se agachou, e abrindo o zíper da calça dele, começou a fazer carinhos com<br />

as suas mãos:<br />

– Gosta quando faço assim?<br />

– Não sei, isso me pegou de surpresa, tome cuidado que os outros podem ver.<br />

– Relaxa, já foram todos dormir, só estou brincando um pouquinho com você, não quer entrar no jogo?<br />

– Não sei o que te falar, sou um pouco tímido para estas coisas, o que quer que eu faça?<br />

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