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<strong>Caminhos</strong><br />
• Capítulo 68 •<br />
Ao Término da importante reunião, a grande maioria das pessoas presentes, fizeram questão de<br />
cumprimentar os empresários, que por sua vez, atendeu carinhosamente a cada um deles, ressaltando<br />
que tudo seria realmente realizado.<br />
Juliano e Regina trocaram olhares o tempo todo, ainda aflorados por tudo o que havia acontecido, porém<br />
Tamares nem prestou atenção, ao contrário de Dona Angelina, que sempre estava ao lado da amiga, e<br />
atendendo um pedido feito por ela, se aproveitou de um momento oportuno, e o convidou para uma<br />
conversa em sua casa.<br />
Após acertos finais com o síndico, Nathan e Murilo foram embora do condomínio, deixando para traz um<br />
rastro gigantesco, de muita euforia e enormes esperanças, e durante o percurso de volta, trocaram<br />
algumas impressões desta noite marcante.<br />
– Sabe Murilo, estou como uma ótima sensação por dentro, já fazia muito tempo que não me sentia<br />
assim.<br />
– Sei bem o que quer dizer, o que fez hoje é muitíssimo raro, normalmente as pessoas só pensam em si<br />
mesmas, somente em obter lucro e vantagens, e acaba se esquecendo dos que estão ao seu redor, saiba<br />
que lhe admiro muito!<br />
– Não se esqueça de que você, é a parte fundamental de tudo o que está acontecendo, foi o que iniciou<br />
este grande trabalho, e que abriu os meus olhos para estes problemas, sou grato e ficarei muito honrado,<br />
se um dia puder lhe chamar de amigo.<br />
Os dois deram um emocionado aperto de mãos, e na verdade já se sentiam como grandes amigos, só<br />
não haviam assumido antes, porque um achava que por ser funcionário, poderia ser mal interpretado<br />
como um bajulador, e o outro, com receio de forçar algo somente por ser o patrão, e assim seguiram o<br />
resto do caminho, compartilhando ideias e planos futuros.<br />
Nas dependências do condomínio, Juliano aguardou que a esposa adormecesse no sofá, e foi até o<br />
apartamento de Dona Angelina, onde foi bem recebido e convidado a entrar, e já acomodado em uma<br />
cadeira na cozinha, ele a indagou sobre o convite:<br />
– Admito que me surpreendeu o seu chamado, mesmo sabendo ter o dedo da Regina, e pelo que eu me<br />
lembro, a gente nunca foi de dialogar muito, o que a senhora quer conversar comigo?<br />
– Tem toda a razão, sempre mantivemos uma relação curta, do tipo bom dia, boa noite, acho que vai<br />
chover hoje, mas já faz algum tempo, que eu queria ter este papo contigo.<br />
– Por acaso é algo sobre a Regina, ela lhe contou alguma coisa?<br />
– Sei que tenho fama de fofoqueira, mas não se preocupe, por que não é nada disso, é sobre algo que<br />
venho percebendo em você, e gostaria muito de poder lhe ajudar, não sei se sabe, mas eu costumo ler<br />
cartas para as pessoas, acredita nisso?<br />
– Não vou lhe afirmar que não acredito, porque eu respeito muito a crença de cada um, mas acho que<br />
estas coisas não funcionam comigo, mas porque a pergunta?<br />
– Acredite ou não eu tenho alguns dons, e gostaria da sua permissão para ler a sua sorte, posso?<br />
– Bom a esta altura, eu não tenho mais nada a perder mesmo, quanto isso vai me custar?<br />
– Isso a gente vê depois, digamos que vou fazer porque precisa, e tenho visto sua aura sem luz alguma,<br />
isto certamente se deve por situações que tem passado, mas você decide se quer ou não.<br />
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