Livro Caminhos

Caminhos
• Capítulo 61 •
Não foi difícil a entrada dos bandidos na mansão, enquanto um ficou vigiando os seguranças amarrados,
Otto, Militão e Situação, começaram a revirar os principais cômodos, mas como não eram assaltantes
profissionais, não tinham equipamentos próprios para abrir os cofres, porém se depararam com aquele
enorme corredor, onde estavam todos os objetos da preciosa coleção, e o chefe todo empolgado
comentou:
– Era disso que eu estava falando, aí estão as coisas que vão nos tirar do buraco!
Situação arregalou os olhos, e observou tudo ao seu redor.
– Chefinho tem um montão de coisas velhas, mas as prateleiras estão cheias de joias, será que valem
muita grana?
Militão já fazendo contas antecipadas, já foi criando em sua imaginação, o que faria com os produtos do
furto.
– Caramba pessoal, acho que vai dar até para eu comprar um carango!
– Calem a boca vocês dois e mãos a obra, não temos muito tempo até a troca de turno dos seguranças,
coloquem tudo o que puderem dentro dos sacos, e eu vou começar com estes brincos de pérolas, que
devem valer uma verdadeira fortuna, o que estão esperando?
– O senhor é quem manda chefe, vamos tomar o porre hoje!
E sem mais delongas iniciaram o roubo, e sem cuidado algum com os objetos antigos, foram quebrando
vidros e madeiras, abrindo bruscamente para retirar as preciosidades, e depois de cerca de uma hora,
limparam praticamente quase tudo, menos uma armadura e espada antiga, que deixaram Situação
fascinado, porém não havia como transportarem tais objetos, pois além de já estarem sobrecarregados, o
peso e a falta de transporte adequado, impediam estas duas aquisições.
Ao término, colocaram uma parte no porta malas, e outra embaixo dos bancos do carro, fugindo em
disparada rumo a favela, e conforme o combinado anterior ao assalto, os objetos seriam divididos em
partes proporcionais, certamente que a porcentagem maior, ficaria com o chefe e mentor de todo o plano.
Um pouco mais tarde dois dos seguranças, que chegavam para a troca de serviço, se depararam com
os portões abertos, e com os colegas de trabalho amarrados e amordaçados, e assim que os soltaram, e
se inteiraram de todas as circunstancias, deram uma busca geral dentro da propriedade, ficando
admirados com a ousadia dos bandidos, como também a bagunça e destruição que causaram, e
imediatamente chamaram a polícia.
Do outro lado da grande cidade, era uma típica tarde de domingo no condomínio, onde o prestativo
síndico Xavier, havia acabado de instalar um chuveiro, e voltava calmamente para a guarita de entrada,
quando observou que era a garota Vanessa, conversava com Leonardo no banco do jardim, e achou raro
que ela se permitisse a tal fato.
Leonardo preocupado com a saúde da moça, com muito jeito a interpelou:
– Fiquei sabendo por um de seus vizinhos, que você não estava muito bem ontem a noite, está se
sentindo melhor hoje?
– O pessoal daqui é muito linguarudo, não devem ficar comentando sobre a vida das pessoas!
– Na verdade fui eu que perguntei, é que fui até perto da escada do seu apartamento, e acabei
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