Livro Caminhos

Caminhos
• Capítulo 52 •
Enquanto isso do lado de fora da mansão, os seguranças já haviam retirado todos os outros moradores,
mas Iris começou a questionar com o chefe deles, porque a demora de Raul e Nathan em saírem, e este
se defendeu dizendo, que cumpria à risca as ordens do patrão, e que já havia acionado a polícia, com
também alertado os outros seguranças.
De volta a Biblioteca, Raul também havia ficado surpreso com a sala secreta, ainda mais, quando viu
aquela caixa dourada, que parecia ser toda revestida de ouro, porém, após esta sua desatenção inicial, ele
voltou a focar naquela situação de perigo, e a pergunta que ficava no ar era, será que ele tomaria algum
tipo de atitude, ou ficaria passivo assistindo a toda esta cena.
Alba exigiu que o empresário lhe entregasse o colar, e como este ainda estava em seu bolso, desde a
coletiva com a imprensa, tentou negociar com ela um tipo de barganha, que seria a libertação de Letícia e
Caio, que ele acreditava estar em poder de sua organização, mantidos como reféns por causa das
relíquias, e procurou ser incisivo em suas palavras com ela:
– Eu lhe entrego o colar com o pingente da marca, mas antes tem de me garantir e provar, que minha
noiva e meu amigo estão bem, sem isso nada feito!
– Você não está em condições de negociar nada, se esqueceu que estou com a arma apontada para a
sua cabeça?
– Eu tenho muito dinheiro e joias, e tenho certeza que cobrem muito mais que o dobro, do que estão lhe
pagando por estes serviços, pode ser tudo somente seu, a única coisa que peço, é que nos deixem em
paz!
– Você ainda não entendeu a situação, não existe esta possibilidade de negociação, quando se trata de
assuntos da organização, ou você faz exatamente o que lhe ordenaram, ou é considerado carta fora do
baralho!
– E você Raul, também se associou a estes bandidos, mesmo depois do que fizemos para você e a sua
família, colocou em risco a vida de todos nós por dinheiro?
Raul se calou e abaixou a cabeça, porque acreditava que naquele momento crucial, nenhuma desculpa
ou frase feita, reverteria a situação em que se meteu, mas uma pequena ação lhe ajudava muito, a lidar
com a sua consciência pesada, era o telefonema que havia feito no jardim, um pouco antes desta
armadilha ser iniciada.
Quando Alba engatilhou o seu revolver, e apontou para o empresário disposta a atirar, no caso de se
recusar a entregar o colar antigo, ambos ouviram um barulho vindo da sala de estar, que era a entrada de
diversas pessoas, dentre elas o advogado Raul, juntamente com alguns policiais federais, que deram
ordem expressas aos seguranças, para cercarem todo o lado de fora, e que não permitissem a saída
de ninguém dali, e para informar a sua presença, um dos policiais gritou bem alto:
– É a polícia, a mansão está toda cercada, exigimos a libertação dos reféns, e a sua rendição
imediatamente!
Alba deu um passo a frente, e revidou com palavras ásperas:
– Se algum de vocês entrarem aqui, eu atiro e mato ele, sou a única que posso fazer exigências por
aqui, eu quero um carro seguro até o aeroporto, e somente lá libertarei o empresário!
Foi um momento decisivo para todos, Alba estava disposta a levar tudo até as últimas consequências, e
Nathan temendo a vida de todos ali presentes, resolveu ceder e lhe entregar o colar, e foi neste exato
instante, que Raul decidiu reagir, estava na hora de ele sair de cima do muro.
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