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Livro Caminhos

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<strong>Caminhos</strong><br />

– Está certo meu amigo, faremos o que nos pede.<br />

– Estou com o Nathan, eu também concordo!<br />

– Tudo começou um pouco antes de nos conhecermos no Canadá, aquele encontro não foi casual, ele<br />

foi planejado minunciosamente por uma ordem, que tinha alguns integrantes pertencentes a Interpol, ao<br />

qual eu já era filiado há anos, a intenção era me aproximar ao máximo de você, colher todas as<br />

informações de possíveis contatos seus, com os outros também chamados "caminhantes", aos quais<br />

segundo eles, usufruíam de poderes abusivos e satânicos, por terem em posse os cristais de energia, e<br />

possivelmente o paradeiro da fonte mantedora de tudo isso.<br />

Letícia imediatamente o questionou:<br />

– E ainda acredita nesta teoria, envolvendo coisas satânicas?<br />

– Depois de ter conhecido melhor o Nathan, e de saber a verdadeira história por detrás das relíquias, eu<br />

procurei me envolver mais em sua rotina, e dia após dia, eu fui vendo quem ele era de verdade, que era<br />

uma pessoa boa, generosa, e muito caridosa, sem falar que fui me apegando a sua amizade verdadeira, e<br />

isso me fez tomar um outro rumo, me fez desistir do plano inicial.<br />

Nathan agora parecia entender perfeitamente, algumas atitudes do companheiro no passado, mas<br />

intrigado com esta nova revelação, o inqueriu sobre mais detalhes.<br />

– Que plano era esse, do que se tratava afinal?<br />

– Eu tinha ordens para descobrir sua ligação com os outros, no caso a sua irmã e seus comandados,<br />

verificar a existência de mais algum dos caminhantes, encontrar a fonte, e eliminar vocês todos.<br />

Letícia se surpreendeu com a resposta dada, e com cautela tentou entender a questão colocada.<br />

– Então na verdade, você veio até ele para matá-lo?<br />

– Isso mesmo, muitas das coisas que aconteceram, foram causados por essa ordem, inclusive aquela<br />

explosão da bomba, naquelas circunstâncias eu já era tido como traidor, e também passei a ser um dos<br />

alvos, mas eu tenho um grande amigo e companheiro, que hoje não faz mais parte e me ajuda muito, na<br />

época foi ele quem me avisou sobre o atentado, escapamos por pouco!<br />

Nathan olhou para a noiva, e indignado com esta confissão do amigo, procurou questiona-lo com mais<br />

rigor.<br />

– Mas se sabia da bomba no carro, porque não impediu que o nosso motorista morresse, porque deixou<br />

inocentes perecerem naquela explosão?<br />

Letícia se levantou indignada, ela não aceitava de forma alguma, que mesmo ele sabendo<br />

antecipadamente, sobre o atentado prestes a ocorrer, acabou permitindo que o fato acontecesse, e ali<br />

parada de braços cruzados, bem diante de seus olhos, ficou aguardando algum tipo de explicação.<br />

Vendo que o clima havia esquentado, Nathan demonstrando muita frieza e atitude, se levantou<br />

rapidamente, ficando entre os dois para acalma-la, proferindo palavras que julgou necessário.<br />

– Vamos manter a calma meu amor, lembre-se que concordamos no início da conversa, que o<br />

ouviríamos até a conclusão final, vamos deixar que ele prossiga com a sua versão.<br />

– Tudo bem, vou procuram me conter, mas não garanto nada!<br />

Caio compreendendo a sua reação, aguardou ela se abrandar, e prosseguiu com a explicação.<br />

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