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Livro Caminhos

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– Só te peço um grande favor, que não comente nada sobre o que pedi, tenho medo dele ficar bravo<br />

comigo!<br />

– Pode ficar tranquilo, que não vou dizer nada a ele, fica como um segredo só nosso!<br />

<strong>Caminhos</strong><br />

Os dois se despediram, e o menino deixou o quarto, o empresário pensava em um pouco mais tarde,<br />

convidar Raul para uma conversa na biblioteca, onde pretendia descobrir como lhe dar uma oportunidade,<br />

e para isso, precisava saber quais eram as suas aptidões.<br />

Já anoitecia quando uma séria discussão, envolvendo o casal Juliano e Tamares, chamava a atenção de<br />

alguns moradores no condomínio, inclusive de Dona Angelina e de Regina, que estavam na área de lazer<br />

jogando damas, e não deixaram de comentarem o fato.<br />

– Dona Angelina, a senhora está ouvindo, estão brigando novamente.<br />

– Vou te falar uma coisa Regina, não sei como ele aguenta aquela mulher, se fosse outro já tinha dado<br />

um pé no traseiro dela!<br />

– Eu também acho que sim, o que não consigo realmente entender, é porque ela o trata desta maneira,<br />

pois é um homem muito trabalhador, não perde um dia de serviço, além de ser simpático e atencioso com<br />

todos.<br />

– Eu sei de algo, já tenho fama de fofoqueira mesmo, então lá vai, ouvi dizer que ela o trata desta<br />

maneira, porque não puderam ter filhos no casamento, é que ele tem um probleminha, e não pode gerar<br />

filhos nela.<br />

– Verdade Dona Angelina?<br />

– Como diria o Nelson Rubens, eu aumento, mas não invento!<br />

As duas até que ensaiaram uma pequena gargalhada, mas esta foi abatida por intensos barulhos, vindo<br />

do lado sul do condomínio, justamente de onde o casal brigava, e havia uma ligeira impressão, que se<br />

estava quebrando tudo por lá, deixando a todos os que escutavam apreensivos.<br />

Um pouco mais tarde, quando todos já haviam se recolhido, Juliano saiu cabisbaixo de seu apartamento,<br />

ele era um homem de média idade, e além de sofrer com problemas conjugais, ainda enfrentava<br />

dificuldades no trabalho, onde era perseguido injustamente por seu encarregado, que procurava puxar o<br />

seu tapete, sempre que ele se destacava em suas ações, e ali sozinho, sentado na rampa de acesso,<br />

abaixou a cabeça procurando respostas, por ter de sofrer tanto assim.<br />

Perto das vinte e três horas, Raul retornou a mansão, havia ficado fora a noite toda, fazendo algumas<br />

cobranças antigas, em busca de arrecadar um pouco de dinheiro, e Nathan que já o aguardava, o abordou<br />

na entrada da propriedade, o convidando para uma conversa na sala de estar.<br />

– O motivo de meu assunto é bem simples, acharia ruim se eu lhe oferecesse um emprego?<br />

– Um emprego? Mas porque faria isso por mim, por acaso foi alguém da minha família que lhe pediu?<br />

– Eu tenho percebido diariamente, a sua inquietação pelos cantos da casa, e também sei que todo<br />

homem, quer ter o seu próprio dinheiro, e principalmente não depender de favores dos outros.<br />

– Quanto a isso você tem toda razão, não me sinto muito a vontade com a atual situação, e da maneira<br />

que estamos vivendo por aqui, mas que tipo de emprego pretende me oferecer?<br />

– Se caso aceitar a minha proposta, analisaremos algo dentro de suas aptidões.<br />

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