Livro Caminhos

Caminhos
Alba por sua vez, vendo que o empresário ainda não havia descido, resolveu ir até a cozinha, e preparou
uma bandeja especial, com um pouco de cada coisa da mesa do café, e foi bater na porta de seu quarto,
onde pretendia entrar e acompanha-lo no desjejum.
Elvira olhou para Iris, que olhou para Raul, que fez cara de desentendido, mas no fundo ambos
perceberam esta forçação de barra, que a moça fazia o tempo todo, desde o dia em que haviam chegado,
dando em cima de Nathan descaradamente, e desta vez Alba obteve sucesso, ela conseguiu que ele
a deixasse entrar, e toda sorridente entrou o cumprimentando:
– Bom dia, preparei um café super especial, quer dividi-lo comigo?
– Bom dia, não precisava se incomodar, eu já estava me preparando para descer!
– Precisava sim, eu ainda não tive oportunidade de lhe agradecer, toda a força que tem me dispensado,
depois do que aconteceu em Angra do Reis, e também por ter me hospedado, aqui em sua maravilhosa
Mansão!
– Não fiz nada de mais, não precisa me agradecer por isso, além do mais, lhe devo desculpas por ontem
a noite, mas eu precisava conversar com a Marina, e esclarecer muitas coisas que estavam pendentes.
Se aproveitando que Nathan, aparentemente havia baixado a guarda, procurou especular mais a fundo.
– E conseguiu esclarecer?
– Digamos que uma boa parte sim, mas agora que temos alguma afinidade, eu creio que não
será difícil de prosseguir, e procurar resolver todas as questões.
– E o que pretende fazer para isso?
– Vou dar um tempo a ela, até que obtenha notícias de melhora de seu pai, e depois pretendo traze-la
até aqui, para deciframos de vez esta história da marca, e do artefato antigo ao qual chamam de fonte,
que ela e o pai tanto almejavam encontrar comigo.
– Interessante, e por acaso sabe onde estão guardados estes objetos?
– Sei exatamente onde estão, a medalha com a tal marca, está em um porão aqui mesmo na mansão, o
artefato fica guardado numa sala secreta, as outras peças estão em meu cofre, e certamente também com
o Caio.
– E se lembrou para que eles servem, eu poderia vê-los?
– Porque está tão interessada neste assunto?
– Só curiosidade mesmo, é que o Caio comentava sempre comigo, que um dia ia me mostrar uma tal de
fonte, ao qual lhe dava imunidade a doenças, ferimentos, enfim, eu nunca acreditei muito nas bobagens
que ele falava, mas agora ouvindo de sua própria boca, fiquei super curiosa em saber mais a respeito, e
se realmente estas peças tem estes poderes todos.
– Não vejo problemas em você ter acesso aos objetos, porém eu mesmo já estive com a peça em mãos,
e nada de anormal aconteceu, por isso preciso da Marina, eu penso que através da marca, ela encontre
mais pistas, que desvende como funciona realmente, este mecanismo de proteção e de forças, por isso
vamos aguardar por ela!
Com um sorriso forçado, Alba procurou demonstrar uma pequena concordância, porém o seu prazo
estava acabando, e agora sabendo da localização dos objetos, restava a ela planejar, e quem sabe até
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