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Livro Caminhos

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<strong>Caminhos</strong><br />

– Mas porque não me acordou?<br />

– Não queria te perturbar com meus problemas, e penso que você não poderia fazer nada.<br />

– Porque não fala com o seu médico, aliás quando está marcado, a próxima consulta do tratamento?<br />

– O Caio marcou para o começo de janeiro, pois o doutor entraria de férias, durante este período de<br />

festas, apesar dele ter nos mencionado, que este ano não sairia de São Paulo.<br />

– Porque não liga para ele, e vê se pode adiantar a sua consulta, tenho certeza que ele não vai se<br />

recusar, ainda mais se talvez lhe oferecer, uma boa gratificação por isso!<br />

Ele pensou rapidamente e concordou, mas resolveram ligar mais tarde, pois já era hora do almoço,<br />

como não haviam tomado café, decidiram pedir algo para comer, ali mesmo no motel que estavam, e logo<br />

após fazerem uma leve refeição, Nathan ligou para o seu médico, que atendeu prontamente o seu pedido,<br />

e antecipou a sua consulta, sendo que este recusou a oferta, de um pagamento extra pelo feito, e a<br />

remarcou a para o dia seguinte.<br />

De volta à casa do Advogado, como havia sobrado muita comida da ceia, Dirce reaproveitou tudo e<br />

preparou o almoço, depois do café, Arthur ficou em seu escritório particular, que ele mantinha em casa,<br />

para estudar leis e casos em que trabalhava, enquanto Elisa havia ficado o tempo todo no quarto.<br />

Após ter organizado seus papéis, ele procurou saber notícias da moça, mas a empregada comentou,<br />

não a ter visto mais após a refeição matinal, assim, ele aguardou por mais meia hora, e resolveu subir até<br />

o quarto, pois estava demasiadamente preocupado.<br />

Arthur bateu na porta, chamou por ela várias vezes em vão, e após muitas tentativas, verificou que a<br />

porta estava trancada por dentro, a esta altura dos acontecimentos, Dirce já havia escutado todo o<br />

barulho, e foi rapidamente ao encontro do patrão.<br />

– O que está acontecendo patrão?<br />

– Ela se trancou lá dentro, não responde ao meu chamado, não estou gostando nada disso!<br />

– Ai meu Deus, será que a moça fez alguma besteira?<br />

– Me faz um favor, corre até o armário no corredor da cozinha, e pega um chaveiro que tem lá<br />

pendurado, tenho uma cópia de todas as chaves da casa, vai depressa!<br />

Dirce, voltou rapidamente com as chaves, quando abriram a porta, se depararam com Elisa desacordada<br />

em cima da cama, ela havia bebido sozinha, toda uma garrafa de whisky, e era visível o<br />

estado deplorável em que se encontrava.<br />

Elisa não respondia aos chamados, estava totalmente alcoolizada, com uma certa dificuldade, eles a<br />

colocaram debaixo do chuveiro, a deixando por ali um bom tempo, até que deu sinais de estar consciente.<br />

Eles ficaram sem entender, ela parecia bem normal na hora do almoço, e agora estava neste<br />

estado lamentável, se ele pudesse adivinhar que ela faria isso, teria escondido todas as garrafas de<br />

bebidas, que ficavam em cima de um carrinho, entre a sala de estar e os quartos.<br />

Arthur se retirou do quarto, para que Dirce pudesse tirar dela, as roupas molhadas e a trocasse, depois<br />

ao ser chamado para entrar novamente, ele e a empregada a colocaram na cama.<br />

– Patrão, o que leva uma pessoa a beber deste jeito?<br />

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