Livro Caminhos

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Caminhos
Neste momento Caio e Arthur retornaram para o quarto, onde juntos cuidaram de todos os detalhes, o
advogado já havia também feito algumas ligações, dentre elas um telefonema para um amigo, que
trabalha na sede da polícia federal, pedindo para que este estivesse formalmente presente, na partida dos
empresários e de Letícia, era de fundamental importância que as autoridades, ficassem a par de todos os
passos e de toda a verdade, isso asseguraria o direito civil de todos eles, principalmente para quando
pudessem retornar, visando claramente a ajuda nas investigações do atentando, para assim poder punir
severamente, todos os culpados envolvidos no incidente.
A madrugada se foi lentamente, cedendo lugar a um lindo amanhecer, Caio e Arthur ficaram em um
quarto ao lado, deixando Nathan e Letícia a sós no outro apartamento, e após tomarem um breve café da
manhã, os dois empresários chamaram um táxi e partiram para o porto, enquanto o advogado e a
professora voltaram para São Paulo, cada qual tinha seu papel de fundamental importância, em todo este
plano de fuga e proteção.
As horas deste dia correram rapidamente, e por volta das quatro horas da tarde, Letícia retornou da
capital paulista, chegando ao clube onde o iate estava ancorado, Caio havia contratado ali mesmo dois
tripulantes, e sob a supervisão da policial federal e dentro da lei, todos partiram rumo à região dos lagos.
O destino era Angra dos Reis, onde foi ordenado a tripulação, para que a embarcação fosse em baixa
velocidade, porque obviamente todos precisavam tomar um folego, e pressa é o que menos eles tinham
neste momento, Nathan e a namorada ficaram sentados na proa do barco, e ali permaneceram
conversando e namorando, até que as primeiras estrelas surgiram no horizonte, e ela sentindo toda a sua
inquietação, procurou conforta-lo:
– Você deve estar se sentindo péssimo, agora que estava se recuperando de seu acidente, acontece
tudo isso em sua vida.
– Às vezes eu sinto que vou pirar, queria muito me lembrar de tudo em minha vida, de repente poderia
ajudar mais o Caio, sinto que ele está intensamente sobrecarregado, tendo que sempre decidir a maioria
das coisas, e ao mesmo tempo tenho muito medo!
– Você fala do risco que correram e ainda correm, ou outra coisa lhe amedronta?
– Tenho receio de me lembrar e descobrir, que na verdade não sou uma boa pessoa, e que fiz coisas
erradas no meu passado, e que isto tudo que acontece tem a ver com isso!
– Não acredito nisso, creio que todo o caráter de uma pessoa, é independente das lembranças ou de
seu passado, não pense nestas coisas agora, o que importa é ser a pessoa que é hoje, e desde quando
eu lhe conheço, sempre vejo você tratar todos muito bem, ajuda os necessitados, e adora todas as
crianças, aliás será que nunca teve filhos?
– Vai saber, mas mudando de assunto, não se importa de namorar alguém assim tão velho?
– Deixa de ser bobo, eu nem penso nestas coisas, como eu já lhe disse não me importa o seu passado,
o que somente conta agora neste momento, é que eu te amo muito, seja o jeito que for!
Após ouvir a declaração dela, ele teve uma ideia brilhante, procurou informações com o comandante do
iate, para saber qual a localidade mais próxima, a que estavam naquele exato momento, e este o informou
que era a cidade de Paraty, e por se tratar de uma cidade turística, que havia alguns pontos de
ancoragem, em que a embarcação podia atracar seguramente, sendo assim ele conversou
particularmente com Caio, para que pudessem parar nesta localidade.
Depois de chegar e ancorar o barco, Nathan pediu para que Letícia se arrumasse e o aguardasse, pois
iria até a cidade para fazer algumas compras, o tempo estava fechado e prestes a chover, o amigo o
acompanhou até o centro de compras, enquanto os outros permanecerem ali a sua espera, e depois de
um determinado tempo, cercado de um certo mistério, ele voltou e a convidou formalmente para saírem do