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Direito-Constitucional-3ªEd.-2017

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isso, não são dotados de autonomia política. São também pessoas jurídicas de direito público interno.19<br />

DE OLHO NA PROVA<br />

(CESPE/TJ-SE/Analista Administrativo/2014) A despeito de serem entes federativos, os territórios federais carecem<br />

de autonomia. 20<br />

Apesar de não mais existirem, é perfeitamente possível a criação de novos Territórios Federais, desde que observado o<br />

previsto no art. 18, § 2º, in verbis: “os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou<br />

reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar”.<br />

A regulamentação constitucional acerca dos Territórios está prevista no art. 33, vejamos:<br />

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.<br />

§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV<br />

deste Título.<br />

§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de<br />

Contas da União.<br />

§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta<br />

Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores<br />

públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.<br />

16.12<br />

Vedação aos entes federados<br />

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:<br />

I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou<br />

seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;<br />

DE OLHO NA PROVA<br />

(CESPE/MPOG/Administrador/2015) Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as igrejas<br />

quando demonstrado o interesse público, na forma da lei.21<br />

II – recusar fé aos documentos públicos;<br />

III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.<br />

16.13<br />

Intervenção<br />

A intervenção é uma excepcional possibilidade de supressão temporária da autonomia política de um ente federativo.<br />

Conforme assinala Sylvio Motta, “é ato político que consiste na incursão da entidade interventora nos negócios da entidade que<br />

a suporta. Constitui a antítese da autonomia, pois afasta momentaneamente a atuação autônoma do Estado, do Distrito Federal<br />

ou do Município que a tenha sofrido”.22<br />

A intervenção federal nos Estados-membros e no Distrito Federal somente ocorrerá nas hipóteses taxativamente elencadas<br />

no art. 34:<br />

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:<br />

I – manter a integridade nacional;

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