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nação - o que significava que quando estávamos com sede e queríamos ansiosamente água, ingeríamos<br />

também açúcar. O resultado foi que a ingestão de açúcar, que era de 6 kg em 1828, passou a quase dez<br />

vezes mais em 1928. As estatísticas mais recentes do Departamento de Agricultura informam que, em<br />

1975, o americano típico consumiu 59kg de adoçantes calóricos (principalmente açúcar refinado e xarope<br />

de milho de alto teor de frutose) e 69 kg em 1990.1 Isso significa que açúcar e xarope de milho (glicose)<br />

sozinhos formam uma percentagem alucinante da <strong>dieta</strong> americana típica. Esses números significam 170 g<br />

de açúcar (e xarope de milho) por dia. Uma vez que a pessoa típica ingere 425 gramas de carboi<strong>dr</strong>atos por<br />

dia, 105 gramas de proteínas e 168 de gordura, o açúcar constitui 40% do total de carboi<strong>dr</strong>atos e quase um<br />

quarto do peso de alimentos que ingerimos diariamente.<br />

O açúcar não tem valor nutritivo e é diretamente prejudicial à sua saúde. A despeito de vociferantes<br />

tentativas para defendê-lo, há centenas de estudos que mostram claramente que seus efeitos podem ser<br />

letais. Não vou esmiuçá-los agora porque quero que você aprenda tudo sobre hiperinsulinismo, e o açúcar<br />

merece um livro inteiro.<br />

Mas quero que você se lembre do que consiste a moderna <strong>dieta</strong> ocidental, especialmente na América.<br />

Lembre-se também de que se você não toma diretamente seu açúcar, já o encontra incluído em milhares<br />

de diferentes alimentos e bebidas antes de eles chegarem à sua mesa, adicionado, na maior parte, em<br />

alimentos que, se não tivessem sido tornado doces, provocariam nojo em você. O açúcar é o amigo da<br />

indústria americana de alimentos e se você se deixou dominar pelo volume imenso de propaganda<br />

antigordura divulgada nos últimos dez anos sob o disfarce de educação nutricional, pode ter quase<br />

esquecido o que está realmente acondicionado nos produtos que encontra nas prateleiras dos<br />

supermercados.<br />

Quero lhe garantir que comer carne, peixe e frango não é um problema para a saúde - mas, sim, o que<br />

o carnívoro humano comeu durante milhões de anos.<br />

Veja só a maneira como as pessoas comiam no século XIX. Usavam liberalmente manteiga e banha,<br />

comiam carne de vaca e de porco e não havia restrição ao consumo de ovos. Ainda assim, eram<br />

raríssimos os que morriam de ataque cardíaco. Paul Dudley White, que foi o cardiologista particular de<br />

Eisenhower, lembrava-se de que só viu seu primeiro ataque cardíaco ~m ano após seu primeiro ano de<br />

pós-graduação na década de 1920. Se quer um fato ainda mais esclarecedor, mastigue este: o francês do<br />

século XX, com sua <strong>dieta</strong> de manteiga, queijo e patê de fígado, tem uma taxa de doença cardíaca inferior<br />

em 60% a seus colegas americanos. (A francesa sai -se ainda melhor - tem a menor taxa de doença<br />

cardíaca do mundo ocidental.)<br />

O que, então, causou essa avalanche de doenças degenerativas? A única coisa que lhe peço é que<br />

observe como nossa <strong>dieta</strong> mudou no último século. Não apenas as bebidas à base de cola foram<br />

inventadas na década de 1890, mas, piorando ainda mais a situação, na mesma década foram criados<br />

moinhos que podiam refinar o trigo e transformá-lo em uma farinha branca nutricionalmente estéril. Logo<br />

que essa farinha foi reunida ao doce e ao salgado, tivemos os inícios da cultura de comida-lixo na<br />

América e em muitos outros países desenvolvidos - embora não em todos. .<br />

Veja <strong>nova</strong>mente o caso dos franceses - os caras que vivem com os dentes enterrados em patê de foie<br />

gras. Como sabem todos os que estiveram na França ou que assistem ao programa Sixty Minutes, os<br />

franceses sofrem muito menos de obesidade e doença cardíaca que os americanos. Ainda assim, a <strong>dieta</strong><br />

deles é mais rica em gordura. (Eles comem também volumes comparáveis de carne e peixe, uma<br />

quantidade igual de manteiga e duas vezes mais queijo do que os americanos.) O que é que tudo isso<br />

significa? Poderia isso ter alguma coisa a ver com o fato de que o consumo per capita americano de<br />

açúcar é 5,5 vezes maior do que o dos franceses?<br />

Ainda assim, todos nós sabemos que a gordura é a origem de todos os males. Ou não sabemos?<br />

Mantenha-se de Olho em seu Metabolismo<br />

O açúcar, entenda, deflagra certos processos metabólicos que são prejudiciais para sua saúde e pura<br />

loucura para sua cintura. O açúcar é um veneno metabólico.<br />

Você poderia, claro, ignorar esse fato e tentar controlar o excesso de peso mediante contagem de<br />

calorias e comendo apenas umas tantas peças disto ou tantos gramas daquilo. Isto é, você poderia<br />

preocupar-se mais com a quantidade do que com a qualidade da <strong>dieta</strong>. Não é isso que os passadores<br />

convencionais de <strong>dieta</strong> lhe dizem para fazer?<br />

Mas uma coisa quero lhe dizer: a probabilidade de que você perca peso permanentemente<br />

controlando as calorias que ingere é praticamente nula.<br />

Aposto que você teve um palpite disso antes de eu falar. O bom senso diz que quando um bocado de<br />

pessoas experimenta a mesma solução para o mesmo problema e todas elas fracassam há alguma coisa<br />

errada no remédio. Você pode ter tentado uma <strong>dieta</strong> baixa em calorias. Tenho certeza de que conhece<br />

outras pessoas que a experimentaram. Após um começo promissor, todas elas terminam como fracassos.

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