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entusiasmo, numerosas confirmações foram publicadas. A importância dos estudos alemães é que foram<br />

feitos com grupos muito grandes de pacientes. Os numerosos estudos do Dr. Rabast incluíram um grupo<br />

de 104 pacientes clínicos, que seguiram uma <strong>dieta</strong> de 40 g de carboi<strong>dr</strong>atos durante três a quatro meses. O<br />

colesterol médio do grupo caiu de 239 para 220, os triglicerídios de 159 para 118. Um subgrupo com<br />

leituras iniciais mais altas saiu-se ainda melhor, caindo o colesterol de 314 para 259.<br />

O Dr. Ewald Riegler confirmou o mesmo fenômeno em um grupo de 128 pacientes. As melhoras<br />

mais espetaculares, mais uma vez, ocorreram quando o colesterol era muito alto, caindo em um grupo de<br />

465 para 216 após seis meses.<br />

Essa meticulosa pesquisa da literatura médica deixa-nos com um paradoxo que talvez não tenha igual<br />

nos anais da medicina: isto é, que níveis cetogênicos de restrição a carboi<strong>dr</strong>atos reduzirão ligeiramente<br />

um nível normal de colesterol, moderadamente um elevado, impressionantemente um na faixa média e<br />

espetacularmente um na alta, como demonstrado, confirmado e reconfirmado. E com a exceção de um<br />

curto estudo de uma semana de duração, praticamente nada há em dados publicados para refutá-lo?<br />

De acordo com todos os pa<strong>dr</strong>ões habituais de prova médica, o benefício de <strong>dieta</strong>s restritas em<br />

carboi<strong>dr</strong>atos sobre níveis de lipídios no soro constitui um fato comprovado.<br />

O paradoxo, porém, é o seguinte: uma vez que a medicina americana é mais sensível a<br />

pronunciamentos dogmáticos de professores de universidade nomeados para formar grupos de consenso<br />

do que à pesquisa científica, a pesquisa não é aceita como verdade.<br />

A ironia torna-se ainda maior com o fato de que as <strong>dieta</strong>s recomendadas por essas pessoas produzem<br />

um efeito inconsistente sobre a redução do colesterol.<br />

Na verdade podemos jogar praticamente fora meio século de pesquisa sobre o efeito da <strong>dieta</strong> sobre os<br />

níveis de colesterol agora que o Dr. Stephen D. Phinney, pesquisador respeitado da Universidade da<br />

Califórnia em Davis, acompanhou os níveis de colesterol durante longo tempo de um grupo de pacientes<br />

que seguiam uma <strong>dieta</strong> extremamente baixa em gorduras.<br />

Esses sujeitos, todos obesos, começaram com uma leitura média de colesterol de 211 e reduziram-na<br />

para 139 após um ou dois meses de <strong>dieta</strong> austera. Ótimo. O grupo do Dr. Phinney, porém, continuou a<br />

observar os pacientes por mais seis meses, enquanto eles continuavam a <strong>dieta</strong>. O colesterol do grupo<br />

havia subido para 234! Só quando fizeram a <strong>dieta</strong> de manutenção é que o colesterol caiu para 189. Uma<br />

vez que a observação dessa resposta bifásica de colesterol foi mencionada em três outros estudos, só<br />

podemos concluir que os estudos que não medem as respostas ao colesterol ao longo do tempo são de<br />

valor apenas limitado e, na verdade, é desse tipo a vasta maioria dos estudos sobre colesterol em sua<br />

relação com a <strong>dieta</strong>.<br />

O único estudo publicado sobre <strong>dieta</strong> baixa em carboi<strong>dr</strong>atos mantida durante longo tempo que<br />

consegui localizar foi o de Riegler, que demonstrou claramente que o nível de colesterol em um período<br />

de seis meses foi baixo ou mais baixo do que o nível em um mês com uma <strong>dieta</strong> baixa em carboi<strong>dr</strong>atos.<br />

Esse resultado correlaciona-se estreitamente com minhas próprias descobertas clínicas, isto é, que os<br />

níveis de lipídios de meus pacientes permanecem baixos enquanto eles seguem a <strong>dieta</strong>.<br />

Mas a boa notícia para os colesterolfóbicos ainda estava por chegar. O Dr. Jonathan Wright, que<br />

pratica medicina de nutrição e a ensina em seminários a centenas de médicos, identificou 28 nutrientes<br />

diferentes sobre os quais há estudos científicos publicados, demonstrando que possuem a capacidade de<br />

baixar o colesterol. Eu uso muitos deles e, mais adiante, vou ensinar a vocês como fazer isso.<br />

Acrescentem-se os suplementos nutricionais úteis para redução dos lipídios aos efeitos já potentes de<br />

controle dos mesmos da <strong>dieta</strong> cetogênica/lipolítica e vocês compreenderão por que reuni tantos exemplos<br />

de pacientes com reduções espetaculares de colesterol/triglicerídios. Essas reduções são da ordem de<br />

magnitude encontrada em pacientes que demonstraram reversão de doença cardíaca.<br />

Reversão de Doença Cardíaca?<br />

Alguns de vocês talvez não saibam que, em anos recentes, descobriu-se que doença cardíaca, que<br />

antes se pensava seguir uma inexorável trajetória ladeira abaixo, pode ser revertida por grandes mudanças<br />

no estilo de vida. Este fato reveste-se de muita importância para aqueles a quem foi sugerida a instalação<br />

de ponte de safena ou angioplastia. Cirurgiões não costumam dizer ao paciente que podem melhorar a<br />

circulação do coração, e evitar as operações que são seus meios de vida, se estiverem dispostos a<br />

introduzir mudanças no estilo de vida.<br />

Uma vez que não sinto a menor vontade de pedir a meus pacientes que corram o risco de uma<br />

angiografia, quanto mais de duas, não consegui provar a reversão de doença cardíaca com nossa <strong>dieta</strong><br />

(demonstrada por aumento da permeabilidade das coronárias). Não obstante, demonstramos reversão de<br />

sintomas de doença cardíaca em mais de 85% de pacientes obesos com problemas coronários tratados no<br />

Atkins Center, que seguiram religiosamente um programa composto de <strong>dieta</strong> lipolítica, suplementos<br />

nutricionais e terapia de quelação.

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