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sanados.<br />

Esses estudos muito amplos fizeram com que muitos de nossos maiores cientistas médicos<br />

começassem a repensar o problema. Um número cada vez maior deles questiona agora se <strong>dieta</strong>s com alto<br />

teor de carboi<strong>dr</strong>atos recomendadas a pacientes cardíacos são de fato o ideal, como se supunha.<br />

O diretor do Estudo Framingham, Dr. William Castelli, comentou: "Os resultados impuseram outro<br />

movimento ao pêndulo e demonstram que alta taxa de triglicerídios pode ser um importante fator de risco<br />

para alguns pacientes."<br />

Afinal de contas tem sido consistentemente demonstrado que o nível de triglicerídios desenvolve-se<br />

paralelo ao de insulina e que o controle dos níveis desta última pode ser feito com eficácia máxima por<br />

uma <strong>dieta</strong> baixa em carboi<strong>dr</strong>atos. Grey e Kipnis demonstraram esse fato em princípios da década de 1970.<br />

Em 1979, o Dr. Sheldon Reiser realizou um estudo com voluntários humanos, demonstrando que uma<br />

<strong>dieta</strong> que retira 18% de suas calorias do açúcar - e isso é, nestes dias, menos do que a média nacional<br />

americana - produzia concentrações significativamente mais altas de lipídios e insulina do que uma <strong>dieta</strong><br />

com 5% de calorias baseadas no açúcar.<br />

Entre os muitos cientistas que começaram a reagir a esse conjunto realmente formidável de provas<br />

menciono, em primeiro lugar, o eminente professor de Stanford, Dr. Gerald Reaven, e sua colega<br />

especialista em <strong>dieta</strong>, Ann Coulston. Com entusiasmo infatigável por quase 12 anos agora, Reaven vem<br />

estudando a estreita ligação entre hiperinsulinismo, hipertensão e fatores de risco cardiovascular.<br />

Embora ele tenha sido o pioneiro, desde 1985 mais de uma dezena de autores, em artigos<br />

importantes, publicados em prestigiosas revistas médicas, seguiram-lhe a liderança. "Uma das peças do<br />

enigma identificado por Reaven foi que a hipertensão - que nenhum teórico médico jamais questionou<br />

como fator de risco em derrame cerebral e doença cardíaca - relaciona-se intimamente com o<br />

hiperinsulinismo. Em 1989, em um artigo semanal publicado no The American Journal of Medicine,<br />

intitulado "Hypertension as a Disease of Carbohy<strong>dr</strong>ate and Lipoprotein Metabolism", escreveu ele:<br />

"Verificou-se que pacientes com hipertensão não tratada são resistentes à ingestão de glicose estimulada<br />

pela insulina e simultaneamente hiperinsulinêmicos e hipertrigliceridêmicos”<br />

Em 1988, pronunciando a Conferência Banting em Stanford, ele chamou atenção para um conjunto<br />

de fatores de risco em doenças das coronárias, todas associadas a altos níveis de insulina e aumento da<br />

resistência à mesma. Incluíam eles hipertensão, altos níveis de triglicerídios e redução do colesterol HDL<br />

- o tipo de colesterol que se descobriu ser benéfico ao coração.<br />

Outros pesquisadores mencionaram o fato de que a insulina aumenta os níveis do colesterol LDL - o<br />

tipo de colesterol que acarreta doença cardíaca. O mecanismo através do qual isso ocorre já era claro. R<br />

Stout, cientista de Belfast, escreveu em 1985 o seguinte: '~parede arterial é um tecido sensível à insulina.<br />

A insulina promove a proliferação de células arteriais de músculos lisos, a síntese de lipídios e a atividade<br />

receptora da lipoproteína de baixa densidade (LDL). A insulina promove também a aterosclerose<br />

experimental em certo número de espécies".<br />

O círculo começa a fechar-se, e tenho que reconhecer, com grande satisfação de minha parte, as<br />

razões pelas quais uma <strong>dieta</strong> baixa em carboi<strong>dr</strong>atos protege tanto o coração estão se tornando claramente<br />

visíveis. Não é por acaso que tenho podido usar uma <strong>dieta</strong> baixa em carboi<strong>dr</strong>atos para tratar, com sucesso<br />

cada vez maior, doenças cardiovasculares. E por que deveríamos ficar surpresos? O leitor deve lembrar-se<br />

de que observei páginas atrás que esta era a <strong>dieta</strong> natural do ser humano onívoro. O ser humano está bem<br />

aparelhado para comer carne fresca, peixe, aves, bagas, nozes, sementes, hortaliças e, com moderação,<br />

frutas. Não podemos brincar com a natureza, e esta foi nossa <strong>dieta</strong> durante milhões de anos, muito antes<br />

de hábitos dietéticos absurdos nos terem sido impostos como uma praga.<br />

Vegetarianos sugerem que a <strong>dieta</strong> humana natural baseia-se em cereais, que é o que a maioria das<br />

civilizações vem cultivando sob a forma de trigo, arroz e milho pelos últimos 5.000 anos. Tudo bem, mas<br />

o que dizer das centenas de milhares de anos que os precederam? O que estão fazendo todos esses ossos<br />

em volta das fogueiras de acampamento do homem primitivo e o que faziam também aquelas armas e<br />

instrumentos de caça que descobrimos? Usavam-nos como abridores de carta?<br />

Voltemos mais uma vez ao instigante artigo de Norman Kaplan sobre o "Quarteto Mortal". Dêem<br />

uma olhada no Diagrama 1.

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