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O comentário de Phillip? "Minha vida mudou. Agora estou à altura do pa<strong>dr</strong>ão do fabricante."<br />

Efeitos Enormes<br />

De modo que você vê que, quando falamos sobre anormalidades do açúcar no sangue, temos em<br />

mente uma condição que pode afetar radicalmente os estados físico e mental do indivíduo. Mulheres que<br />

sofrem sín<strong>dr</strong>omes pré-menstruais graves descobrem, por exemplo, que a mudança da <strong>dieta</strong> corrige a<br />

hipoglicemia básica, que pode exacerbar ferozmente essa condição hormonal. Quando se aproxima o<br />

período menstrual seguinte, elas descobrem que houve uma melhora espetacular.<br />

Mas vamos examinar mais a fundo, e no mesmo tipo de ordem lógica, a hipoglicemia, a doença que<br />

freqüentemente a acompanha, o diabetes, e tentar lhes compreender a dinâmica.<br />

Inicialmente Há "Baixo ível" de Açúcar no Sangue<br />

Como eu disse antes, a glicose existente no sangue fornece a energia necessária à maior parte das<br />

coisas que o corpo faz, bem como combustível ao cérebro. Em todas as ocasiões em que se sente bem,<br />

pode ter como certo que seu corpo está funcionando com quantidades ótimas de glicose (ou corpos<br />

cetônicos, se você está em cetose).<br />

A hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) não é nada boa, mas o que é? A palavra, de origem<br />

grega, é formada de hypo, que significa "baixo", glykis, ou "doce", e emia, ou seja, "no sangue" .<br />

Deficiência grande demais de açúcar no sangue. Tudo isso parece claro, mas o que demonstra é que a<br />

palavra hipoglicemia constitui, na verdade, uma denominação imprópria.<br />

Engasgado com essa tradução literal, você vai supor que ela é o oposto do diabetes, que você<br />

provavelmente se lembra que implica açúcar demais no sangue. Você talvez já tenha ouvido alguém dizer<br />

a respeito de um diabético: "Ele derrama açúcar na urina." Isso é realmente o produto do excesso, mas,<br />

ainda assim, resta o fato de que, além de serem opostos, hipoglicemia e diabetes são, na verdade, estágios<br />

sucessivos da mesma doença.<br />

A expressão correta para descrever o problema real da hipoglicemia é "nível instável de açúcar no<br />

sangue", porquanto é a reação excessiva do mecanismo da glicose (subindo demais e, em seguida,<br />

descendo demais e com uma rapidez grande demais) que explica esses problemas.<br />

Uma das provas mais intrigantes da ligação hipoglicemia-diabetes foi descoberta na década de<br />

19601. Os pesquisadores estudaram os descendentes de dois pais diabéticos - pessoas que eram, quase<br />

que por definição, pré-diabéticas. Nesses pacientes, descobriram uma série das anormalidades clássicas.<br />

Em primeiro lugar, encontraram hipoglicemia - a queda brusca na curva de tolerância à glicose que lhes<br />

mostrei no Capítulo 4. Passaram-se anos. Em seguida, esses sujeitos, ainda hipoglicêmicos, acusaram<br />

elevações em exames de açúcar no sangue uma hora após administração de glicose. As elevações duraram<br />

2 horas e, em seguida, 3 horas. Finalmente, os resultados muito altos de açúcar do diabetes incipiente<br />

surgiram durante todo o teste e por todo o dia.<br />

O que aconteceu foi o seguinte: nos primeiros estágios, esses indivíduos, geneticamente sensíveis a<br />

quaisquer anormalidades na glicose sanguínea, estavam reagindo aos níveis altos de soro de glicose que a<br />

<strong>dieta</strong> produzia, ao manufaturar grandes quantidades de insulina e forçar a queda da glicose. Esta situação<br />

resultava na curva hipoglicêmica típica, na qual o açúcar no sangue sobe com grande rapidez após<br />

ingestão de alimento e em seguida cai na terceira, quarta ou quinta hora para um nível desagradavelmente<br />

baixo. E é essa queda, rápida demais e para um nível de certa maneira baixo demais, que constitui a<br />

hipoglicemia, e não um baixo nível de açúcar no sangue per se. *<br />

*Apresento aqui este argumento porque críticos da hipoglicemia tentaram obscurecer a questão, sugerindo que algo<br />

denominado baixo teor de açúcar no sangue é, na realidade, algo muito raro. Como condição permanente, claro, é raro. Trata-se de<br />

uma reação à glicose, e não uma deficiência permanente, como acontece quando seus níveis de potássio ou ferro são baixos demais.<br />

Essa fase inicial é típica de indivíduos com resistência à insulina - exatamente as pessoas que tendem<br />

a engordar. Pessoas com sensibilidade normal à insulina tendem a permanecer magras, simplesmente<br />

porque um pouco de "hormônio produtor de gordura" é suficiente para reduzir a glicose sanguínea a um<br />

nível normal e não há necessidade de que seja liberada mais insulina.<br />

Se você é resistente à insulina - e, com toda probabilidade, é, se lê este livro querendo perder peso -,<br />

então seu corpo, em alguma fase muito remota de sua vida, perdeu a capacidade de reagir rapidamente à<br />

insulina. Ele "resistia" à insulina e, por isso, o pâncreas era obrigado a produzi-la em maior quantidade. A<br />

dinâmica metabólica da glicose e da insulina é desorganizada por esse esforço anormal e o corpo perde<br />

em geral sua capacidade de sintonia fina nessa área essencial. Em conseqüência, sendo secretada insulina<br />

demais, o nível de glicose no sangue é temporariamente jogado para um nível indesejavelmente baixo. Os<br />

sintomas desagradáveis mencionados no início deste capítulo são causados ou pelo fato de o nível de

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