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usável pelas células cancerosas.<br />

O internacionalmente famoso cientista russo Dr. VIadimir M. Dilman, escrevendo na Annals of the<br />

New York Academy of Science, fornece prova ainda mais convincente em apoio da teoria carboi<strong>dr</strong>atocausa-câncer11.<br />

Conseguiu ele demonstrar que pacientes de câncer do seio produzem 22% mais insulina<br />

do que controles sadios; que pacientes de câncer do cólon tinham 29% mais triglicerídeos no sangue; e<br />

que pacientes de câncer no cólon, reto e endometrial tinham duas vezes mais probabilidade de dar à luz<br />

bebês muito gordos. Estes últimos, juntamente com altos níveis de insulina e triglicerídeos, são sinais de<br />

distúrbios no metabolismo do açúcar.<br />

Desse modo, vocês podem ver claramente que foi demonstrado, epidemiológica e logicamente, que o<br />

açúcar é um forte candidato ao posto de principal causa dietética do câncer e talvez muito mais forte do<br />

que a gordura.<br />

Mas, dizem vocês, esses cientistas de Harvard forçosamente não viram nada de impressionante no<br />

que seus dados demonstravam, isto é, a correlação entre câncer e ingestão de açúcar.<br />

Bastante justo. Pedi a um de meus colegas que ligasse para eles e perguntasse: "Doutores, quais<br />

foram suas conclusões a respeito de câncer do seio e do cólon e a ingestão de açúcar?"<br />

Resposta: "Nós não examinamos esse assunto. Não achamos que tivesse qualquer relevância."<br />

Noventa mil enfermeiras minuciosamente estudadas, milhões de dólares dos contribuintes gastos<br />

através de institutos nacionais de saúde, e eles não estudaram o açúcar! Não estudaram porque usavam<br />

antolhos, nos quais estava escrito em tinta indelével: "Os fiéis se concentram fixamente na gordura." Esta<br />

é uma boa maneira de provar a conclusão à qual alguém já chegou (embora ela não fizesse muito bem aos<br />

pesquisadores no estudo sobre o câncer do seio), mas é uma maneira medíocre de fazer ciência. Os<br />

mecanismos endócrinos ligando açúcar ao câncer e descritos nas revistas médicas devem ser mesmo<br />

ignorados com toda essa leviandade?<br />

Meu colega e eu ficamos preocupados. Sabendo que o excesso de casos de câncer do seio em<br />

mulheres que consumiam pouca gordura era superior ao número de câncer do cólon nas que a ingeriam<br />

em grande quantidade, e que o câncer do endométrio ligado ao açúcar não foi incluído em qualquer parte<br />

do estudo Nurses, ficamos legitimamente preocupados com a orientação básica real do estudo - a<br />

incidência pura e simples do câncer.<br />

Em vista disso, perguntamos: "De que dados dispõem os senhores sobre gordura na <strong>dieta</strong> e casos<br />

totais de câncer?"<br />

Estranhamente, a resposta foi: "Não temos esses dados. Não se tratava de informação realmente útil."<br />

Podem imaginar uma coisa dessas? Não posso deixar de imaginar Peter Falk, como o detetive<br />

Columbo daqueles filmes, de pé à porta, dentro de sua capa de chuva amarrotada, pronto para sair, mas<br />

parando para fazer uma última pergunta: '~penas mais uma coisa, professor. Não sei muita coisa sobre<br />

computadores, e acho que vai me considerar um chato, mas tenho que lhe perguntar o seguinte: em um<br />

estudo tão grande como esse, com todos esses dados sobre 90.000 enfermeiras, sobre o que comiam e as<br />

doenças que tiveram, que sobreviveram e morreram, e tudo mais, há uma única pequena coisa que me<br />

deixa confuso. Como é que o senhor programa seu computador, de modo a não conseguir o total dos<br />

casos de câncer?"<br />

Nosso discretíssimo detetive compartilhava comigo a suspeita de que a incidência geral do câncer<br />

não confirmava a idéia preconceituosa dos inimigos da gordura, e ninguém falou mais no assunto. Se os<br />

dados tivessem mostrado uma correlação entre gordura na alimentação e todos os casos de câncer, pode<br />

apostar tudo que o fato teria sido divulgado e coberto por todas as agências de notícias do mundo<br />

ocidental.<br />

O que parece aos paranóicos entre nós ser uma manobra de encobrimento da verdade certamente<br />

nada mais é do que fanatismo, uma característica geral entre cientistas dedicados. Para frisar bem esse<br />

ponto, vejamos uma tomada recente de depoimentos sobre a questão de gordura na alimentação e câncer,<br />

realizada pela FDA e publicada no Federal Register. Concluiu a FDA:<br />

"Toda prova publicada confirma a conclusão de que <strong>dieta</strong>s altas em gordura aumentam o risco de<br />

câncer e, ainda mais importante, que <strong>dieta</strong>s baixas na mesma estão associadas a menor risco da doença."<br />

Nessas palavras há uma casca de banana. A literatura citada nessa importante publicação nacional<br />

sobre saúde continha o Harvard Nurses Study sobre câncer do cólon, mas não o estudo sobre câncer do<br />

seio mencionado acima, no qual 31 casos a mais foram encontrados nos 20% de enfermeiras com o<br />

consumo mais baixo de gordura animal. Claro que conferi e reconferi tudo. Isso poderia ser realmente<br />

verdade? Realmente, era.<br />

Os estudos citados na seção sobre câncer continham numerosos relatórios limitados e<br />

necessariamente fracos sobre 200 ou 300 sujeitos, mas não o maior estudo sobre câncer do seio jamais<br />

realizado, um estudo sobre 90.000 sujeitos, usando as mesmas

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