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são. Você talvez não se surpreenda tanto com isso quanto eu, pois para mim é um choque visual, porque<br />

as que fazem a <strong>dieta</strong> Atkins nunca apresentam essa característica.<br />

Essa expressão, que a maioria simplesmente ignora como expressão de alguém que faz <strong>dieta</strong>, é na<br />

realidade uma característica de baixa ingestão de gordura e pode ser vista também nas que a restringiram<br />

mas não perderam peso. De modo que aqueles entre vocês que fazem <strong>dieta</strong> para aumentar a beleza física<br />

talvez queiram provar, a si mesmos, uma das vantagens da <strong>dieta</strong> de emagrecimento que contém gordura,<br />

estudando sua aparência no espelho após um período seguindo ambos os tipos de <strong>dieta</strong>.<br />

Mas por que eu, que permito gorduras e óleos, discordo tanto de praticamente todos os membros de<br />

comissões consensuais de especialistas, que parecem aceitar que a conclusão inescapável é que a restrição<br />

de gorduras constitui o único caminho aceitável para perder aqueles quilos extras? Sobre que argumentos<br />

coerentes baseiam eles essa atitude de fnn-de-papo-nossa-conclusão-é-a-certa-falamos-e-está- falado?<br />

Os argumentos que apresentam têm sido os seguintes:<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

A gordura contribui com um número excessivo de calorias e as ingeriremos em menor<br />

quantidade se comermos alimentos de baixo teor das mesmas.<br />

Dietas altas em gordura, para funcionar, têm que ser baixas em carboi<strong>dr</strong>atos e jamais<br />

quereremos viver para sempre sem alguns deles.<br />

O homem é, por natureza, basicamente vegetariano.<br />

Os alimentos de origem animal são poluídos por quantidades perigosas de hormônios de<br />

crescimento e antibióticos, que todos nós devemos evitar.<br />

Dietas altas em gordura causam ou contribuem para doenças cardíacas.<br />

Dietas altas em gordura causam ou contribuem para certos tipos de câncer.<br />

Uma Safra Inteira de Refutações<br />

Vamos ignorar logo os três primeiros argumentos, todos os quais me parecem mais do que espúrios.<br />

O fato de ingerirmos menos calorias com eliminação da gordura pode ser verdade quando é alta a<br />

ingestão de carboi<strong>dr</strong>atos, mas certamente não nos casos das <strong>dieta</strong>s baixas nestes elementos. Dois estudos<br />

recentes realizados por Angelo Tremblay e seus colegas na Universidade Laval, em Quebec, demonstram<br />

esse fato. Nesses estudos, a gordura foi adicionada a uma <strong>dieta</strong> alta em carboi<strong>dr</strong>atos, descobrindo os<br />

pesquisadores que os sujeitos do estudo aumentaram sua ingestão de calorias, mas que quando era<br />

acrescentada a outra, baixa, ocorria redução de calorias porque eles cortavam radicalmente a escolha de<br />

alimentos ricos nas mesmas. A saciedade, afinal de contas, não é uma questão de enganar o estômago,<br />

mas de fatores humorais (constituintes do sangue). Você come menos em uma <strong>dieta</strong> baixa em<br />

carboi<strong>dr</strong>atos do que em uma baixa em gordura. Se não está convencido, experimente as duas.<br />

No tocante à idéia de que não nos sentiremos felizes sem carboi<strong>dr</strong>atos, só posso mesmo dizer que<br />

mais pessoas se sentem felizes com a luxuosa <strong>dieta</strong> Atkins, abundante em manteiga e creme de leite, do<br />

que com um cardápio menos luxuoso.<br />

Dizer que o homem evoluiu com uma <strong>dieta</strong> baixa em gordura ou vegetariana simplesmente não é<br />

verdade. Mais importante ainda é que, até seis gerações passadas, o consumo de carboi<strong>dr</strong>atos re<br />

finados pelo homem era virtualmente zero.<br />

No que diz respeito à objeção d, concordo facilmente. Poluímos com toda certeza nosso suprimento<br />

de alimentos de origem animal com hormônios e antibióticos. Infelizmente, os críticos da gordura que<br />

mencionam esse fato não mencionam o fato seguinte: poluímos também nosso suprimento de alimentos<br />

vegetais com resíduos de pesticidas e solo tratado com aditivos não-orgânicos. A situação é mais ou<br />

menos de impasse e não constitui argumento para consumir um tipo de alimento de preferência a outro,<br />

mas para fazer uma limpeza em regra em ambos os campos. Desde o século XIX, quando o cientista<br />

alemão barão Justus Von Liebig inventou os fertilizantes químicos inorgânicos, vimos fazendo coisas<br />

com o solo e o alimento nele plantado, com conseqüências perigosas que mal conseguimos prever ainda.<br />

Minha recomendação é que, quando consumir alimentos de origem animal, e fizer exatamente o<br />

mesmo com os de origem vegetal, deve andar um pouco mais e pagar mesmo um dinheirinho extra para<br />

conseguir alimentos não poluídos, orgânicos, se isso for possível. Visite lojas de produtos naturais.<br />

Compre frangos e ovos de galinhas criadas soltas. Procure conseguir um pouco de carne Coleman. Mel<br />

Coleman, um criador de gado do Colorado, está fazendo agora uma grande onda na indústria de carne ao<br />

vender carne livre de qualquer adição de hormônio ou antibióticos e, se acredita em mim, pode sentir<br />

também a diferença no sabor. Podemos esperar que surja um número cada vez maior de empresas como a<br />

de Coleman, conquistando um nicho no mercado. Pressione o dono de seu supermercado e lhe diga o que<br />

gostaria de comprar. E vai ficar surpreso ao descobrir como ele é sensível aos desejos dos fregueses.<br />

Afinal de contas você é o meio de vida dele.<br />

Agora, vejamos a prova sobre doença cardíaca e alegações sobre câncer e, enquanto fazemos isso,

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