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Livro Azul

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dinamismo missionário: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a boa notícia para toda a<br />

humanidade” (Mc 16,15). Pelo sim ou pelo não, sugiro um momento de Lectio Divina de Fl 1,3-11,<br />

certo de que a oração dos agentes de pastoral pela colaboração dos leigos na Igreja é o único modo<br />

de ela ter missionários.<br />

Que tipos de pastorais, de serviços e ministérios se adéquam mais a este modelo missionário de<br />

Igreja? Esta visão de Igreja é fortalecida e, por sua vez, dará fundamento para os ministérios da<br />

palavra, da evangelização e pregação, da abertura e do reconhecimento da identidade do outro,<br />

do diálogo com o diferente, da disposição à conversão permanente, da profecia, da firmeza<br />

permanente, do testemunho silencioso e orante, da pastoral vocacional, da romaria e caminhada,<br />

da missão popular, da animação missionária, da promoção de encontros comuns de oração e de<br />

partilha das diferentes possibilidades de experimentar Deus, da promoção dos valores das culturas,<br />

da sensibilidade aos sinais dos tempos, da educação, catequese e do ensino religioso.<br />

Concluindo. Podemos ter preferência por olhar mais a Igreja pelo lado da história, do mistério, da<br />

comunhão e da missão. Podemos até ser mais especializados em um destes olhares. Podemos até<br />

querer ser Igreja – arcebispo, padre, religioso(a), consagrado, leigo... – sem olhar para nenhum<br />

destes quatro olhares. O que não se pode esquecer é que estes olhares são uma forma possível de a<br />

Igreja ver-se e de ser Igreja. Somente com estes olhares globais e transversais ela é capaz de captar a<br />

existência, a essência, a identidade e a missão que tem que realizar neste mundo. Qualquer outra<br />

forma de vê-la isoladamente é empobrecedora, porque é reducionista. Na verdade estes olhares<br />

são complementares, se interpenetram, se entrecruzam e interagem. Por isso, é inconcebível fazer<br />

pastoral sem uma visão global da Igreja, excluindo, por inteiro, um olhar, sem prejuízo para uma<br />

visão correta da realidade eclesial: a história, o mistério, a comunhão e a missão.<br />

Apesar deste artigo ser apenas uma gotinha de colírio nos olhos, se bem usado, servirá de<br />

corretivo para a miopia eclesial, do qual sofre muitos agentes de pastoral. É preciso corrigir esta<br />

visão se se quer fazer missão e ser missionário hoje. Jesus Cristo é missão, a Igreja é missão, a vida<br />

é missão, o amor é missão... Uma vez cristão, sempre missionário. Por isto, “desejaria que todos e<br />

cada um de nós pudesse visitar, pelos menos em espírito, a própria pia batismal, mergulhar nela<br />

a nossa cabeça e descobrir a missionariedade do próprio batismo. Então, devo ser missionário.<br />

Se eu não sou missionário, então não sou cristão” (Dom Pedro Casaldáliga).<br />

122 Arquidiocese de Palmas

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