1 DAp, 365. 2 Idem, 164. 3 Idem, 165.167. 4 Idem, 169. 5 Cf. Código de Direito Canônico, c. 394 e 790. 6 Cf. A paróquia escola de fé e Evangelização. Discurso do Papa João Paulo II em 20/10/1984 na conclusão da assembleia plenária da Congregação para o Clero sobre “A cura Pastoral das paróquias Urbanas ”. 7 DGAE, 63. 52 Arquidiocese de Palmas
14. ORIENTAÇÕES PASTORAIS SOBRE A PRESENÇA SOCIAL DA IGREJA “O que é esta 'realidade'? O que é real? São 'realidade' só os bens materiais, os problemas sociais, econômicos e políticos? (...) “Só quem reconhece a Deus, conhece a realidade e pode responder a ela 1 de modo adequado e realmente humano” . “Quem exclui Deus de seu horizonte, falsifica o 2 conceito de realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas” . 1. Iluminação teológica 1.1. O Brasil, segundo o Censo 2010, tem em torno de 84% da sua população vivendo na cidade. Em poucas décadas, passou de um país prevalentemente rural para um país de população de maioria urbana. O campo foi praticamente abandonado como lugar de residência e a cidade se converteu em lugar de produção de cultura, de modismo, de sonho e de produção de fascínio e de consumo, gestando e impondo uma nova cultura, linguagem e simbologia. É no mundo urbano que acontece as complexas transformações sociais, econômicas, culturais, políticas e religiosas que têm 3 profundo impacto em todas as dimensões da vida . “As condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor, contradizem o projeto do Pai e desafiam os discípulos 4 missionários a maior compromisso a favor da cultura da vida” . A injustiça social assume proporções de ofensa a Deus que nos criou à sua imagem e semelhança, e se opõe ao mandamento do amor fraterno que Jesus Cristo instituiu como lei de nova e eterna aliança. 1.2. Estes dados, no entanto, não podem ser relativizados pastoralmente e nem causar simplesmente espanto. A ação pastoral deve levá-lo em conta na hora das escolhas das prioridades pastorais e missionárias. Como viver a fé na cidade? Como evangelizar a cidade? Como enfrentar os desafios da cidade com suas lógicas? Mas como também viver a fé no campo? Como evangelizar as comunidades rurais, pobres, distantes e isoladas? Como viver a fé em um país de batizados, mas que convive com grandes injustiças sociais? 1.3. “Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, porque Eu estou contigo. Ninguém te porá a mão para fazer mal. Nesta cidade há um povo numeroso que me pertence” (At 18,9-10). A Igreja, em seu início, se formou a partir da cidade e, ao mesmo tempo, se serviu delas para se propagar e propagar o Evangelho. Hoje, deve realizar, com alegria e coragem, a evangelização da realidade atual. A fé nos ensina viver como cristão no sertão ou na cidade, em meio às alegrias, aos desejos, às esperanças, às sombras, às dores e aos sofrimentos que marcam o cotidiano das cidades: violência, pobreza, individualismo e exclusão. 1.4. A realidade urbana acelera e aprofunda a ineficácia da família, da escola, e até da mesma Igreja, para iniciar na fé as pessoas. Esta situação, de mudança de época, exige uma radical transformação no modo de concretizar a ação evangelizadora. Diante deste quadro, deve nascer uma maior sensibilidade pelas pastorais sociais. Mas o que geralmente se percebe são atitudes de medo em ralação à cidade e à pastoral urbana; a tendência de se fechar nos métodos antigos e de tomar atitude de defesa diante da nova cultura, com sentimentos de impotência diante das grandes dificuldades das cidades. É necessário, ao contrário, que a Igreja se coloque a serviço da realização do projeto de Deus no campo ou na cidade, mediante a proclamação e a vivência da Palavra, a celebração da liturgia, a comunhão fraterna e o serviço e o amor social, especialmente aos mais pobres e aos que mais sofrem, e desta forma se transformar em fermento na massa, sal da terra e luz do mundo. Igreja que acolhe, ama, forma e envia em missão 53
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espectivos. Art. 4º - Caberá ao A
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§ 3º - São membros convidados: I
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Presb: Quero! Arc: Queres, com dign
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sabemos e cremos que a Igreja é de
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este olhar conclamando a todos os m
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3. OS SACRAMENTOS, ATOS ECLESIAIS E
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que se cumpra toda a justiça (Mt 3
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inscritos, para uma divisão equita