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PANORAMA MUNDIAL<br />
De acordo com a World Christian Encyclopedia (Enciclopédia Cristã Mundial), editada por David B.<br />
Barrett, do ponto <strong>de</strong> vista político havia no mundo, em 1980, 74 países livres, 81 parcialmente livres e<br />
68 não livres. Do total da população mundial, apenas 853 milhões viviam nesses países politicamente<br />
livres, dos quais 566 milhões eram cristãos em geral.<br />
Em relação à atitu<strong>de</strong> do Estado perante a religião, em 1900 havia 145 países oficialmente religiosos,<br />
78 países não religiosos e nenhum oficialmente ateu.<br />
Com o aumento da secularização no presente século, o número <strong>de</strong> países oficialmente religiosos caiu<br />
para 114 em 1970 e chegou a 101 em 1980. O número <strong>de</strong> países oficialmente não religiosos aumentou <strong>de</strong><br />
78 para 92 em 1980.<br />
O número <strong>de</strong> países ateístas, <strong>de</strong> 0 em 1900, passou para 17 em 1970 e chegou a 38 em 1980. Ainda em<br />
1980, um bilhão e trezentos milhões <strong>de</strong> pessoas viviam em países consi<strong>de</strong>rados religiosos, um bilhão e<br />
580 milhões viviam em países <strong>de</strong> regimes seculares, e um milhão e 488 milhões sob regimes ateístas.<br />
Do total dos cristãos, 662 milhões viviam em países religiosos, 513 milhões sob regimes seculares, e<br />
254 milhões sob regimes ateístas.<br />
O NÚMERO DE PAÍSES ATEÍSTAS, DE 0 EM 1900, PASSOUPARA 17 EM 1970<br />
ECHEGOU 38 A EM 1980.<br />
No que se refere à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> religião e à perseguição, em 79 países dois bilhões e duzentos milhões<br />
<strong>de</strong> pessoas viviam em 1980 <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> restrições, apesar <strong>de</strong> esses países terem assinado a Declaração<br />
Universal dos Direitos Humanos, da ONU, e possuírem em suas constituições garantia <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />
religiosa.<br />
Tendo ainda por base o ano <strong>de</strong> 1980, 60,4% <strong>de</strong> todos os cristãos da chamada Igreja do Silêncio, ou<br />
igreja subterrânea viviam sob restrições tanto civis quanto religiosas. Um total <strong>de</strong> 224 milhões <strong>de</strong><br />
cristãos (16%) viviam sob severa interferência do Estado e duras perseguições religiosas. Finalmente,<br />
cerca <strong>de</strong> 320 mil cristãos viviam sob regimes empenhados na total supressão ou erradicação do<br />
Cristianismo e <strong>de</strong> todo o tipo <strong>de</strong> religião.<br />
O combate sistemático à idéia da existência <strong>de</strong> Deus é próprio do marxismo-leninismo, pois, como<br />
disse o próprio Lenin, o ateísmo é parte inseparável do marxismo, “da teoria e prática do socialismo<br />
científico”. 160 Por isso, somente na extinta União Soviética mais <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> pessoas trabalhavam<br />
até recentemente, e possivelmente ainda trabalham, a fim <strong>de</strong> provar que Deus não existe, esforçando-se<br />
para que diariamente “quarenta mil lições” em <strong>de</strong>fesa do ateísmo sejam ministradas.<br />
Tendo como pano <strong>de</strong> fundo esse sombrio quadro <strong>de</strong> restrições à liberda<strong>de</strong> religiosa, causado<br />
principalmente pela i<strong>de</strong>ologia <strong>de</strong> Marx e seus discípulos, passemos agora a analisar o marxismo latinoamericano<br />
e sua presença na teologia da libertação.