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“DEUS EM TODOS”<br />
O reino <strong>de</strong> Deus, segundo a teologia da libertação, “embraça todas as coisas, proclamando a<br />
libertação <strong>de</strong> toda a realida<strong>de</strong> humana ou cósmica do pecado — do pecado da pobreza, do pecado da<br />
fome, do pecado da <strong>de</strong>sumanização, do pecado do espírito <strong>de</strong> vingança, e do pecado da rejeição <strong>de</strong><br />
Deus... Em João 18.36, o significado do Reino <strong>de</strong> Deus é o <strong>de</strong> que ele não é da mesma estrutura <strong>de</strong>ste<br />
mundo <strong>de</strong> pecado, mas da estrutura <strong>de</strong> Deus no sentido objetivo: Deus é quem vai intervir (através <strong>de</strong><br />
mediações que ele mesmo selecionará), e quem sarará pela raiz a totalida<strong>de</strong> da realida<strong>de</strong>, transformando<br />
este mundo <strong>de</strong> velho para novo”. 198<br />
Bem diferente do ensino da Escritura Sagrada, a esperança liberacionista está sempre voltada para a<br />
totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mundo perdoado — sem se referir à substituição do pecador pelo Filho <strong>de</strong> Deus na cruz,<br />
sem se referir à expiação ou ao po<strong>de</strong>r do sangue <strong>de</strong> Jesus. O pecado, na teologia da libertação, tem<br />
sempre sentido social, nunca pessoal.<br />
Por estas e outras razões, Michael Novak caracteriza a teologia da libertação como culpada <strong>de</strong> “três<br />
heresias”: 1) Coloca <strong>de</strong>masiada esperança na história. 2) Coloca as suas esperanças na humanização e<br />
santificação do mundo, da carne e do diabo, não através da graça, mas da política. 3) Assume que as<br />
vítimas da opressão são inocentes, boas, portadoras <strong>de</strong> graça, em lugar <strong>de</strong> recipientes <strong>de</strong> males tão<br />
<strong>de</strong>vastadores quanto aqueles dos “opressores”. 199<br />
Bem diferente do ensino da Escritura Sagrada, a esperança liberacionista está sempre voltada para a<br />
totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mundo perdoado — sem se referir à substituição do pecador pelo Filho <strong>de</strong> Deus na cruz,<br />
sem se referir à expiação ou ao po<strong>de</strong>r do sangue <strong>de</strong> Jesus.<br />
É evi<strong>de</strong>nte que Deus tem algo bem melhor para os seus redimidos do que o melhor que o homem possa<br />
fazer, e a história está aí para provar que o homem sem Deus não po<strong>de</strong> fazer muito, para não dizer que ele<br />
não faz nada. O prometido paraíso socialista continua sendo um sonho irrealizável. Mao Tsé-tung<br />
prometeu fazer mais pela China em <strong>de</strong>z anos do que o Cristianismo havia feito em cem. Mas hoje,<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> pessoas naquela nação, pelo fato <strong>de</strong> sofrerem com alegria por causa da sua fé em<br />
Cristo, estão respon<strong>de</strong>ndo ao marxismo e a todos os grandiosos projetos humanos que o homem é um<br />
fracasso, que o homem continua sendo o lobo do homem, e que a Bíblia tem razão ao afirmar: “Maldito o<br />
homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Jr<br />
17.5)<br />
Tive o privilégio <strong>de</strong> visitar alguns dos países mais ricos do mundo, possuidores das melhores leis<br />
sociais. Contudo, embora esses países se orgulhem <strong>de</strong> possuir a melhor distribuição da renda nacional, e<br />
neles não haja pobreza, vi nas suas praças e ruas as tristes e profundas marcas do pecado.<br />
Pergunta o apóstolo Paulo em Romanos 8.32: “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por<br />
todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”<br />
Pearlman assim ilustra a felicida<strong>de</strong> futura dos filhos <strong>de</strong> Deus, como uma das bênçãos do céu: “Se um<br />
po<strong>de</strong>roso rei, possuidor <strong>de</strong> ilimitadas riquezas, quisesse construir um palácio para a sua noiva, esse<br />
palácio seria tudo quanto a arte e os recursos pu<strong>de</strong>ssem prover. Deus ama os seus filhos infinitamente<br />
mais do que qualquer ser humano. Possuindo recursos inexauríveis, ele po<strong>de</strong> fazer um lar cuja beleza<br />
ultrapasse tudo quanto a arte e a imaginação humanas po<strong>de</strong>riam conceber. ‘Vou preparar-vos lugar’.” 200<br />
Com essa linda promessa no coração, mas com os pés firmados na realida<strong>de</strong> latino-americana,<br />
chegamos à bifurcação da estrada. Caminhamos, na nossa jornada, pelos terrenos aci<strong>de</strong>ntados e<br />
escorregadios das i<strong>de</strong>ologias e teologias humanas, mas também palmilhamos as estradas firmes e planas<br />
das eternas verda<strong>de</strong>s bíblicas.<br />
É <strong>de</strong> tremenda valida<strong>de</strong> para estes dias a recomendação apostólica <strong>de</strong> Judas: