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HISTÓRIAS QUASE INCRÍVEIS<br />
Na própria América Latina o marxismo tem feito suas vítimas. Um amigo meu que viveu sob o atual<br />
regime <strong>de</strong> Havana aproximadamente sete anos, contou-me que certo dia, <strong>de</strong>sesperado por não ter o que<br />
dar à sua filhinha <strong>de</strong> apenas seis meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, que chorava <strong>de</strong> fome, chegou a aplicar-lhe algumas<br />
palmadas a fim <strong>de</strong> fazê-la aquietar-se <strong>de</strong> susto e <strong>de</strong> medo. Outro cubano disse-me que, meses antes <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ixar o seu país em 1969, procurou durante meses certo tipo <strong>de</strong> goiabada muito apreciada e outrora<br />
abundante em toda a ilha, sem contudo encontrá-la. Ao exilar-se na Espanha, encontrou lá, ao acaso, a<br />
referida goiabada, exportada por Cuba com a observação na embalagem <strong>de</strong> que se tratava <strong>de</strong> exce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> produção!<br />
A última história igualmente verda<strong>de</strong>ira segundo testemunho <strong>de</strong> outros refugiados, pareceu-me à<br />
primeira vista inacreditável: As autorida<strong>de</strong>s cubanas chamam a atenção dos estrangeiros em visita à ilha<br />
para o novo interesse que a população “libertada” tem para com a cultura e para com as notícias do país,<br />
apontando para o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas que, por todos os lados, levam um exemplar do jornal oficial<br />
do regime, o único à venda. A verda<strong>de</strong>, porém, é que o Governo <strong>de</strong>ixa faltar no mercado papel higiênico<br />
a fim <strong>de</strong> forçar a população a adquirir o órgão oficial do partido.<br />
Para aqueles que porventura achem excessivamente enfáticas as minhas referências ao ódio neste<br />
capítulo, esclareço que não estou atribuindo o ódio a pessoas — embora estas possam ser seus agentes<br />
—, mas a sistemas satânicos, dos quais o marxismo tem sido o mais atuante nestes últimos dias. Nós,<br />
cristãos, não po<strong>de</strong>mos odiar as pessoas, nem mesmo os ativistas do comunismo, mas amá-las, pois a<br />
“nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potesta<strong>de</strong>s, contra os<br />
dominadores <strong>de</strong>ste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12).<br />
Gladys Aylward, uma inglesa que realizou gran<strong>de</strong> trabalho na China <strong>de</strong> 1933 a 1953, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
conhecer o terrível sofrimento das vítimas do comunismo, chegou à mesma conclusão a que muitos outros<br />
também chegaram quanto à força motora que faz o comunismo avançar no mundo.<br />
Ao cruzar a Rússia em direção ao seu campo missionário, essa missionária presenciou cenas <strong>de</strong> que<br />
jamais pô<strong>de</strong> se esquecer. Numa estação ferroviária, viu guardas conduzindo cerca <strong>de</strong> cinqüenta pessoas<br />
— homens, mulheres e até meninas — acorrentadas umas às outras pelas mãos e pés, aos acampamentos<br />
<strong>de</strong> trabalhos forçados da Sibéria. Aquela cena <strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero, choro e histeria levou a jovem inglesa a<br />
registrar: “Daquele momento em diante, odiei o comunismo com todo o meu coração”. 186<br />
Essa mesma missionária, pouco antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a China, vinte anos <strong>de</strong>pois do inci<strong>de</strong>nte ocorrido na<br />
Rússia, presenciou a morte, por <strong>de</strong>golação em praça pública, <strong>de</strong> duzentos estudantes universitários<br />
recém-convertidos a Cristo, dos quais nem um só negou a sua preciosa fé.