You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A FILOSOFIA MEDIEVAL<br />
A cultura cristã se <strong>de</strong>sdobra, na Ida<strong>de</strong> Média, em quatro fases distintas: a apostólica, a patrística, a<br />
monástica e a escolástica. A falta <strong>de</strong> um bom discernimento <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>ssas fases tem produzido<br />
várias interpretações errôneas. Tais interpretações <strong>de</strong>correm da confusão entre filosofia medieval e<br />
filosofia escolástica, entre filosofia escolástica e teologia, e entre filosofia escolástica e filosofia<br />
aristotélica.<br />
Há quatro períodos na evolução da filosofia medieval: período <strong>de</strong> formação, período <strong>de</strong> apogeu,<br />
período <strong>de</strong> <strong>de</strong>cadência, e período <strong>de</strong> transição.<br />
No período <strong>de</strong> formação, a filosofia medieval se encontra muito longe das gran<strong>de</strong>s sínteses do século<br />
XIII, por faltar-lhe equilíbrio e unida<strong>de</strong>. Vários tipos <strong>de</strong> escolas encontraremos nessa época: escolas<br />
paroquiais, escolas abaciais, escolas catedrais, escola palatinas e escolas municipais. Entre as correntes<br />
não escolásticas <strong>de</strong>ste período se <strong>de</strong>stacam a escolástica dissi<strong>de</strong>nte, inspirada no neoplatonismo, a<br />
filosofia árabe e a filosofia hebraica.<br />
O período <strong>de</strong> apogeu, no século XIII, constitui uma das fases mais brilhantes e gloriosas da história do<br />
pensamento. Nesse século, a escolástica atinge a plenitu<strong>de</strong> da sua força e do seu esplendor. Divi<strong>de</strong>-se<br />
em: escola franciscana, escola <strong>de</strong> Santo Alberto e Santo Tomás, e nova escola franciscana. Sob o ponto<br />
<strong>de</strong> vista pedagógico, a escolástica po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma síntese da pedagogia tradicionalista com a<br />
humanista.<br />
As universida<strong>de</strong>s foram as instituições escolares que maior influência exerceram sobre a gênese e<br />
irradiação das doutrinas filosóficas do século XIII. Entre os filósofos <strong>de</strong>ssa época se <strong>de</strong>stacaram<br />
Alexandre <strong>de</strong> Hales, São Boaventura, Santo Alberto Magno, Santo Tomás <strong>de</strong> Aquino, e Duns Scoto.<br />
Ao esplendor da escolástica suce<strong>de</strong> um período <strong>de</strong> rápida e progressiva <strong>de</strong>cadência, cujas causas são<br />
tanto <strong>de</strong> origem externa como interna. As correntes escolásticas <strong>de</strong>sse período têm como chefe Guilherme<br />
<strong>de</strong> Occam, e reagem contra o formalismo e dialetismo <strong>de</strong> Duns Scoto. As antiescolásticas se inspiram no<br />
averroísmo.<br />
O período <strong>de</strong> transição abrange as correntes filosóficas do Renascimento, o qual <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado,<br />
não apenas como o início da Ida<strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rna, mas, antes e sobretudo, como o fim da Ida<strong>de</strong> Média. Ao<br />
contrário dos renascimentos anteriores, o Renascimento do século XVI renovou, não só os estudos, como<br />
os i<strong>de</strong>ais da cultura greco-romana.<br />
Entre as filosofias antiescolásticas do Renascimento se distinguem: os humanistas, os naturalistas, os<br />
juristas e os céticos. Entre as filosofias escolásticas, encontraremos: os dominicanos, os carmelitas e os<br />
jesuítas.