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O Pasquim nos anos de chumbo (1969 – 1971): A CHARGE COMO ...

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6. CONCLUSÃO<br />

115<br />

Durante a realização <strong>de</strong>sta monografia, traçamos caminhos, <strong>nos</strong> valendo <strong>de</strong><br />

diversos conceitos junto aos quais procuramos respon<strong>de</strong>r o <strong>nos</strong>so problema <strong>de</strong> pesquisa<br />

e objetivos <strong>de</strong>sta monografia. Chegando no capítulo da conclusão e nele veremos em<br />

que medida os objetivos foram alcançados segundo a contribuição <strong>de</strong> cada capítulo para<br />

a elucidação do problema <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Para isso, relembramos o <strong>nos</strong>so problema <strong>de</strong> pesquisa, que <strong>nos</strong> fazia a seguinte<br />

pergunta: Como o jornal O <strong>Pasquim</strong>, conseguiu, através <strong>de</strong> suas charges humorísticas,<br />

driblar a censura imposta pelo Regime Militar? Para isso, procuramos conceitos sobre a<br />

charge enquanto linguagem <strong>de</strong> comunicação, encontrando diversos autores que<br />

trabalharam sobre esse assunto em livros ou teses. Dentre os conceitos trabalhados<br />

nesse contexto da charge como linguagem, discorremos também sobre humor, humor<br />

como crítica, humor face à censura, charge, caricatura, entre outros segmentos. Para isso<br />

buscamos embasamento em obras <strong>de</strong> vários especialistas.<br />

Em <strong>nos</strong>sa análise, as charges foram escolhidas estrategicamente em função do<br />

contexto do <strong>nos</strong>so problema <strong>de</strong> pesquisa e também <strong>de</strong> acordo com a importância <strong>de</strong>las<br />

no contexto das estratégias <strong>de</strong>senvolvidas pelo <strong>Pasquim</strong> no seu enfrentamento com a<br />

censura, no dia a dia do período autoritário. Desse modo, as escolhemos <strong>de</strong>vido sua<br />

importância na história vivida pelo tablói<strong>de</strong>, um dos mais importantes jornais do Brasil.<br />

Acreditamos ao escolher a charge para análise, que a contribuição que a mesma<br />

po<strong>de</strong> gerar é curiosamente diferente dos <strong>de</strong>mais gêneros jornalísticos. Através <strong>de</strong> sua<br />

linguagem, a charge <strong>nos</strong> apresentou diversos modos <strong>de</strong> discurso e significado, segundo<br />

modos <strong>de</strong> dizer que estavam associados a um contexto do qual se reportavam <strong>de</strong> modo<br />

alusivo, indireto ou sob reticências... Desse modo, analisamos as seis imagens propostas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do trabalho e em prática, no capítulo da análise.<br />

Através do diálogo dos conceitos com as charges analisadas, conseguimos<br />

compreen<strong>de</strong>r melhor os sentidos que as imagens se propunham a gerar. Ou seja, nem<br />

sempre apresentam um único sentido, po<strong>de</strong>ndo indicar dois ou mais sentidos em suas<br />

entrelinhas, como percebemos na análise em questão. Desse modo, constatamos que o<br />

jornal O <strong>Pasquim</strong>, conseguiu, através <strong>de</strong>ssas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> discurso <strong>–</strong> gráfico e visual<br />

<strong>–</strong> via a utilização <strong>de</strong> charges, driblar a censura através <strong>de</strong> mecanismos humorísticos e<br />

estratégicos. Nas seis charges apresentadas, a equipe do tabloi<strong>de</strong> usa o humor como

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