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O Pasquim nos anos de chumbo (1969 – 1971): A CHARGE COMO ...

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4.2 A HISTÓRIA DO PASQUIM FACE À POLÍTICA<br />

Como já apresentado anteriormente, com o Golpe Militar em 1964, e com a<br />

chegada do AI-5 em 1968, o Brasil sofreu intensas transformações. Os meios <strong>de</strong><br />

comunicação foram um dos alvos nesse processo <strong>de</strong> mudança política. Os veículos <strong>de</strong><br />

comunicação mudaram seus modos <strong>de</strong> produção assim como os modos <strong>de</strong> informar.<br />

Com os diversos <strong>de</strong>cretos-leis que privavam os meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> divulgar<br />

notícias sobre o Regime, mediante veto da censura. Desse modo, os jornais <strong>de</strong>ixavam <strong>de</strong><br />

exercer o seu verda<strong>de</strong>iro papel.<br />

Em função <strong>de</strong>stes aspectos, neste capítulo vamos analisar como o semanário<br />

<strong>Pasquim</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu nascimento, conseguiu percorrer a trajetória política do período<br />

mais conturbado dos últimos tempos, a Ditadura Militar.<br />

Para iniciarmos esse raciocínio, é necessário voltar no tempo para enten<strong>de</strong>r o<br />

contexto político e como o semanário se insere.<br />

Este período po<strong>de</strong> ser suprimido, sob a justificativa <strong>de</strong> uma suposta ameaça<br />

comunista, que promoveria a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m do país, a geração dos a<strong>nos</strong> 60 e 70 foram<br />

submetidas a mais longa e violenta ditadura da história. Com isso, a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expressão ficou intensamente comprometida. O governo <strong>de</strong>teve o controle dos meios <strong>de</strong><br />

comunicação e passou a permitir a publicação <strong>de</strong> notícias que eram convenientes ao<br />

Regime.<br />

Para iniciarmos esse raciocínio, é necessário voltar no tempo para enten<strong>de</strong>r o<br />

contexto político, em que semanário se insere.<br />

O jornal O <strong>Pasquim</strong> caminhou junto com três gover<strong>nos</strong> militares no período <strong>de</strong><br />

censura, que alteraram as formas <strong>de</strong> produção no campo cultural e jornalístico. Os<br />

jornalistas ratificaram as formas <strong>de</strong> criação e sobrevivência <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

construída em torno e em nome do tabloi<strong>de</strong> carioca. Lançado em 26 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> <strong>1969</strong>,<br />

apenas seis meses após a publicação do AI-5, que limitava os direitos e liberda<strong>de</strong>s do<br />

cidadão brasileiro, o <strong>Pasquim</strong> nasceu e se fortaleceu durante o endurecimento das<br />

formas ditatoriais: na mutação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r entre a saída do marechal Arthur da Costa e<br />

Silva (1967 - <strong>1969</strong>) e o início da linha severa do general Emílio Garrastazu Médici<br />

(outubro <strong>1969</strong>-1974). O último governo militar a intervir mais diretamente no jornal, e<br />

que <strong>de</strong>terminou o fim da censura prévia à imprensa, foi do general Ernesto Geisel.<br />

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