Plano Municipal de Saneamento Básico - Habisp
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Por trás <strong>de</strong>stes poucos dados, por si só eloquentes para a construção <strong>de</strong> um perfil da<br />
Cida<strong>de</strong>, encontram-se outros <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto.<br />
De acordo com os dados produzidos pela Secretaria <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Habitação, em 2009 a<br />
Cida<strong>de</strong> possui 406.173 domicílios em favelas; 39.830 domicílios em núcleos<br />
habitacionais; 330 mil domicílios em loteamentos irregulares e 53 mil domicílios em<br />
conjuntos habitacionais irregulares. Apenas nos distritos Sé e Mooca é contado um total<br />
<strong>de</strong> 19.110 domicílios em cortiços. Deve-se ainda consi<strong>de</strong>rar que entre os dados <strong>de</strong><br />
favelas e loteamentos irregulares mencionados, uma parcela significativa encontra-se no<br />
interior <strong>de</strong> áreas frágeis, protegidas por legislação ambiental, tais como: áreas <strong>de</strong><br />
preservação permanente e <strong>de</strong> proteção aos mananciais.<br />
Esse conjunto <strong>de</strong> dados revela a falta <strong>de</strong> correspondência entre o <strong>de</strong>sempenho<br />
econômico do Município e o <strong>de</strong>senvolvimento urbano, conceito este que engloba todas<br />
as faces da vida urbana. No que se refere à relação uso e ocupação do solo /<br />
saneamento ambiental, alcançá-lo significa, entre outros fatores: solucionar a<br />
precarieda<strong>de</strong> presente nos bairros populares formados por loteamentos ilegais e favelas,<br />
on<strong>de</strong> o saneamento se <strong>de</strong>staca como ação imprescindível, enfrentando inclusive as<br />
questões <strong>de</strong> regularização fundiária e urbanística; melhorar as condições <strong>de</strong><br />
habitabilida<strong>de</strong> nos diferentes bairros da capital, eliminando o risco <strong>de</strong> enchentes,<br />
<strong>de</strong>sabamentos e áreas <strong>de</strong> risco; aumentar as áreas ver<strong>de</strong>s, garantindo maiores índices<br />
<strong>de</strong> impermeabilização do solo e espaços <strong>de</strong> lazer para a população; ampliar o acesso a<br />
equipamentos e serviços, promovendo uma distribuição equivalente no território;<br />
mo<strong>de</strong>rnizar a infra-estrutura urbana, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> esgoto e especialmente <strong>de</strong><br />
drenagem em regiões em processo <strong>de</strong> transformação funcional no interior da área<br />
consolidada da Cida<strong>de</strong>, especialmente nos antigos bairros industriais, promovendo<br />
ainda, quando necessário, a <strong>de</strong>scontaminação <strong>de</strong> solos remanescentes <strong>de</strong> ocupação<br />
industrial (“brownfields”).<br />
A precarieda<strong>de</strong> urbana, a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> socioespacial e os impactos ambientais<br />
negativos se <strong>de</strong>stacam, ao lado da mo<strong>de</strong>rnização circunscrita apenas a alguns setores<br />
urbanos, como os mais característicos atributos físico-espaciais dos processos <strong>de</strong><br />
transformação em curso. A década <strong>de</strong> 1980 é o marco inicial mais evi<strong>de</strong>nte das<br />
transformações urbanas que estão moldando a metrópole contemporânea.<br />
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